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Paris quer regras ambientais e trabalhistas na discussão entre UE e Mercosul

03/06/2016 09h48

Paris, 3 jun (EFE).- A França quer que as negociações entre a União Europeia e o Mercosul para um acordo de livre-comércio sirva para introduzir regras ambientais, trabalhistas, sociais, mas também relativas à economia digital, e que isso sirva de exemplo em nível mundial.

O secretário de Estado francês de Comércio Exterior, Matthias Fekl, propôs nesta sexta-feira essas intenções sobre as discussões que devem ser retomadas em setembro no Fórum Econômico Internacional da América Latina e Caribe realizado em Paris, na presença de responsáveis governamentais e de organizações regionais.

Fekl disse que seu país fica feliz com o reatamento das negociações, mas também afirmou que o processo que vai ser realizado deve levar em conta "a sensibilidade" de cada país.

Concretamente, indicou que "devem ser ocasião para fixar regras em nível mundial" sobre "novos desafios".

Fekl citou os aspectos ambientais, em particular para levar em conta os compromissos da cúpula da mudança climática de Paris de dezembro, mas também outros de caráter laboral e social, assim como os referentes à economia digital.

O secretário de Estado francês também se referiu à ideia de "um tribunal de justiça multilateral" para abordar os litígios.

Pouco antes, o ministro francês de Economia, que tinha se encarregado da abertura do fórum -que todos os anos é organizado pelo governo francês-, tinha manifestado esperança que as negociações entre a União Europeia e Mercosul dêem lugar a um acordo de livre- comércio "ambicioso que responda a nossos interesses mútuos".

Esse acordo está no centro da reunião programada para esta tarde no Palácio do Eliseu entre o presidente francês, François Hollande, e seu colega paraguaio, Horacio Cartes, que realiza uma visita a Paris.