Federica Mogherini pede "mais união" para proibição de testes nucleares
Viena, 13 jun (EFE).- A chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, pediu nesta segunda-feira em Viena (Áustria) "mais união" da comunidade internacional para conseguir que o Tratado de Interdição Completa de Testes Nucleares (CTBT, sigla em inglês), após 20 anos de sua abertura à assinatura, entre em vigor.
No plenário da conferência ministerial dos 20 anos do CTBT, a chefe da diplomacia europeia lembrou a necessidade da ratificação de oito Estados (China, Egito, Coreia do Norte, Índia, Irã, Israel, Paquistão e Estados Unidos) para que o acordo se torne vinculativo.
"Todos temos a responsabilidade de facilitar e conseguir a assinatura e ratificação pelos restantes Estados e para isso devemos trabalhar e colaborar com governos e instituições estatais. Um tratado verificável e confiável tem um grande potencial para fortalecer a confiança dentro da comunidade internacional, que pode influir de forma positiva a outros campos da não-proliferação de armas e o desarmamento", disse ela.
A alta representante da Política Externa da União Europeia destacou, por outro lado, as conquistas alcançadas até agora, apesar de o acordo ainda não ter entrado em vigor. O tratado, com seu sistema de vigilância - com 300 estações de medição distribuídas por todo o planeta - que registra qualquer explosão relevante e torna impossível um teste nuclear não ser detectado, se transformou em um grande elemento dissuasório para as testes atômicos explosivos.
Desta forma, "o regime internacional de não-proliferação já se fortaleceu", ressaltou Federica.
O secretário-executivo da organização do tratado (CTBTO), Lassina Zerbo, também destacou a importância do CTBT e seu regime de verificação para "pôr fim a uma das práticas mais destrutivas e uma das piores heranças da Guerra Fria".
A conferência de hoje "não é só uma celebração. Até que terminemos o que começamos existe o risco de o mundo voltar a cair nos testes nucleares", advertiu.
"Queremos continuar trabalhando para que a seguinte geração participe. Espero que nos ajudem a avançar da reflexão à ação. Hoje peço a todos que façam o que puderem para conseguir que o tratado entre em vigor. Temos muito que nos orgulhar, mas não chegamos ao objetivo final", acrescentou o responsável pelo CTBTO.
Neste século, que começou em 1º de janeiro de 2001, só um país, a Coreia do Norte, realizou testes nucleares, lembrou, por sua vez, o ministro cazaque de Relações Exteriores, Erlan Idrissov, presidente adjunto do chamado "Processo de Entrada em Vigor" do CTBT.
"Pedimos que à Coreia do Norte que acabe com os testes, firme e ratifique o tratado o mais rápido possível", manifestou Idrissov.
Para o ministro cazaque, o motivo para esse "acordo destinado a ser um elemento-chave do sistema de segurança mundial" não ter entrado em vigor até o momento é "a falta de vontade política nos oito Estados" especificados no anexo II do documento.
"Solicitamos (a esses países) que ratifiquem (o tratado) incondicionalmente", concluiu Idrissov.
No plenário da conferência ministerial dos 20 anos do CTBT, a chefe da diplomacia europeia lembrou a necessidade da ratificação de oito Estados (China, Egito, Coreia do Norte, Índia, Irã, Israel, Paquistão e Estados Unidos) para que o acordo se torne vinculativo.
"Todos temos a responsabilidade de facilitar e conseguir a assinatura e ratificação pelos restantes Estados e para isso devemos trabalhar e colaborar com governos e instituições estatais. Um tratado verificável e confiável tem um grande potencial para fortalecer a confiança dentro da comunidade internacional, que pode influir de forma positiva a outros campos da não-proliferação de armas e o desarmamento", disse ela.
A alta representante da Política Externa da União Europeia destacou, por outro lado, as conquistas alcançadas até agora, apesar de o acordo ainda não ter entrado em vigor. O tratado, com seu sistema de vigilância - com 300 estações de medição distribuídas por todo o planeta - que registra qualquer explosão relevante e torna impossível um teste nuclear não ser detectado, se transformou em um grande elemento dissuasório para as testes atômicos explosivos.
Desta forma, "o regime internacional de não-proliferação já se fortaleceu", ressaltou Federica.
O secretário-executivo da organização do tratado (CTBTO), Lassina Zerbo, também destacou a importância do CTBT e seu regime de verificação para "pôr fim a uma das práticas mais destrutivas e uma das piores heranças da Guerra Fria".
A conferência de hoje "não é só uma celebração. Até que terminemos o que começamos existe o risco de o mundo voltar a cair nos testes nucleares", advertiu.
"Queremos continuar trabalhando para que a seguinte geração participe. Espero que nos ajudem a avançar da reflexão à ação. Hoje peço a todos que façam o que puderem para conseguir que o tratado entre em vigor. Temos muito que nos orgulhar, mas não chegamos ao objetivo final", acrescentou o responsável pelo CTBTO.
Neste século, que começou em 1º de janeiro de 2001, só um país, a Coreia do Norte, realizou testes nucleares, lembrou, por sua vez, o ministro cazaque de Relações Exteriores, Erlan Idrissov, presidente adjunto do chamado "Processo de Entrada em Vigor" do CTBT.
"Pedimos que à Coreia do Norte que acabe com os testes, firme e ratifique o tratado o mais rápido possível", manifestou Idrissov.
Para o ministro cazaque, o motivo para esse "acordo destinado a ser um elemento-chave do sistema de segurança mundial" não ter entrado em vigor até o momento é "a falta de vontade política nos oito Estados" especificados no anexo II do documento.
"Solicitamos (a esses países) que ratifiquem (o tratado) incondicionalmente", concluiu Idrissov.
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