IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Número 2 do Fed diminui nervosismo do mercado por impacto do "Brexit" nos EUA

01/07/2016 14h59

Washington, 1 jul (EFE).- O vice-presidente do Federal Reserve (Fed) dos EUA, Stanley Fischer, afirmou nesta sexta-feira que o Banco Central vai "esperar e ver" como se desenvolve o processo de saída do Reino Unido da União Europeia (UE), mas afirmou que o principal "impacto" será para a economia britânica e europeia.

"Vamos esperar e ver. Claramente é um evento enorme para o Reino Unido e grande para a Europa", afirmou Fischer em entrevista à emissora "CNBC".

Fischer precisou que "em nosso comércio direto com o Reino Unido não vai ocorrer uma grande diferença, mas há muitas outras coisas que mudarão para a Europa e o Reino Unido como consequência do 'Brexit', e essas são as coisas sobre as quais temos que pensar".

O "número dois" do Fed comentou sobre o nervosismo financeiro registrado nos últimos dias, com quedas generalizadas em Wall Street, após a vitória da opção de saída do Reino Unido da UE em 23 de junho.

"Temos que poder conjugar os efeitos nos EUA com as outras coisas que ocorrem na economia americana. Os últimos indicadores parecem bons", acrescentou Fischer.

Após a vitória do "Brexit", os mercados mudaram de opinião e adiaram a possibilidade de uma alta de taxas de juros até final de ano.

Em uma linha similar se expressou James Bullard, presidente do Fed de Saint Louis e membro com voto nas reuniões de política monetária do Banco Central, que disse em outra entrevista que "o veredicto até agora é que o 'Brexit' não terá um grande impacto nos EUA".

Desde a vitória do "Brexit", a libra esterlina caiu 10% com relação ao dólar.

O Fed mantém as taxas de juros entre 0,25% e 0,50%, após elevá-las em dezembro pela primera vez em quase uma década.

Em seu último encontro de junho, a organização dirigida por Janet Yellen citou a incerteza gerada pelo referendo no Reino Unido como um dos fatores para não avançar com o ajuste monetário.