Brasil aposta em seu "retorno à internacionalização" no fórum do G20
Xangai (China), 10 jul (EFE).- O Brasil apostou em seu "retorno à internacionalização" durante a reunião de ministros de Comércio do G20 que foi realizada até este domingo na cidade chinesa de Xangai, preparatória para a cúpula de Hangzhou do próximo mês de setembro, segundo afirmou à Agência Efe o ministro Marcos Pereira.
O titular da pasta de Indústria, Comércio Exterior e Serviços do governo interino de Michel Temer destacou que o Executivo tem a intenção de "voltar a internacionalizar" o país, e de fortalecer seus atrativos para o comércio e o investimento.
A esse respeito, Pereira destacou que foi muito importante na reunião o debate sobre a facilitação do comércio e dos investimentos, um assunto que o G20 está tentando impulsionar para baratear e fomentar o comércio internacional em um cenário de arrefecimento da atividade comercial e do crescimento econômico mundial desde 2008.
"É algo que vai fazer com que os investimentos possam ser aumentados em todas as economias e em todos os países que são membros do grupo, e também em outros países que dependem destas economias mais desenvolves", explicou Pereira.
O Brasil contribuiu, além disso, colocando sobre a mesa do G20 vários exemplos de iniciativas com que o atual governo espera dar um impulso a sua economia.
Pereira mencionou o programa conhecido como "Brasil Mais Produtivo", lançado em abril com um orçamento de R$ 50 milhões, com o objetivo de "treinar 3.000 pequenas e médias empresas para capacitá-las e para que tenham mais competitividade, reduzam custos e otimizem a produção".
"Tudo isso acreditamos que vai fazer com que haja um aumento da produtividade das empresas que vão passar por este programa de, pelo menos, 20%", previu.
Da mesma maneira, Pereira falou do chamado "portal único", um portal na internet para unificar e simplificar os processos de importação e exportação no país, com o qual espera eliminar mais de 90% do uso atual de papel nesse processo, e que o governo Temer calcula que reduzirá os custos em cerca de 40%.
Em Xangai também foram tratados outros temas sensíveis para o Brasil, como o dos excessos de capacidade no setor siderúrgico, que vêm afetando seus principais compradores de aço, como a China, desde a crise de 2008.
Em sua declaração conjunta de encerramento, os ministros do G20 reconheceram "problemas estruturais, incluindo os excessos de capacidade em alguns setores (sobretudo o siderúrgico), exacerbados por uma recuperação econômica mundial frágil e uma demanda débil do mercado".
"Existe oferta demais, a indústria brasileira está também sofrendo com essa questão, e estamos um pouco preocupados", reconheceu o ministro.
"Não temos ainda uma posição formada sobre o que vamos fazer, mas estamos preocupados com o que China, Estados Unidos e a União Europeia possam decidir sobre isso, porque afetará todo o mundo, mas especialmente esses setores específicos da indústria brasileira: a siderurgia e o aço", indicou.
Nesse sentido, embora em geral tenha se mostrado partidário de combater o protecionismo no comércio internacional, em linha com o estipulado hoje pelos ministros, Pereira admitiu que o Brasil está trabalhando para fixar uma posição perante o G20 "e nos concentrar na proteção e defesa de nossa indústria nacional".
Durante o fim de semana, Pereira realizou vários encontros bilaterais: com seu colega chinês, Gao Hucheng; o ministro argentino de Produção, Francisco Cabrera; o secretário de Estado de Comércio da Espanha, Jaime García-Legaz, além da comissária de Comércio europeia, Cecilia Malmström, com os quais tratou temas do acordo comercial negociado pelo Mercosul e a UE.
O titular da pasta de Indústria, Comércio Exterior e Serviços do governo interino de Michel Temer destacou que o Executivo tem a intenção de "voltar a internacionalizar" o país, e de fortalecer seus atrativos para o comércio e o investimento.
A esse respeito, Pereira destacou que foi muito importante na reunião o debate sobre a facilitação do comércio e dos investimentos, um assunto que o G20 está tentando impulsionar para baratear e fomentar o comércio internacional em um cenário de arrefecimento da atividade comercial e do crescimento econômico mundial desde 2008.
"É algo que vai fazer com que os investimentos possam ser aumentados em todas as economias e em todos os países que são membros do grupo, e também em outros países que dependem destas economias mais desenvolves", explicou Pereira.
O Brasil contribuiu, além disso, colocando sobre a mesa do G20 vários exemplos de iniciativas com que o atual governo espera dar um impulso a sua economia.
Pereira mencionou o programa conhecido como "Brasil Mais Produtivo", lançado em abril com um orçamento de R$ 50 milhões, com o objetivo de "treinar 3.000 pequenas e médias empresas para capacitá-las e para que tenham mais competitividade, reduzam custos e otimizem a produção".
"Tudo isso acreditamos que vai fazer com que haja um aumento da produtividade das empresas que vão passar por este programa de, pelo menos, 20%", previu.
Da mesma maneira, Pereira falou do chamado "portal único", um portal na internet para unificar e simplificar os processos de importação e exportação no país, com o qual espera eliminar mais de 90% do uso atual de papel nesse processo, e que o governo Temer calcula que reduzirá os custos em cerca de 40%.
Em Xangai também foram tratados outros temas sensíveis para o Brasil, como o dos excessos de capacidade no setor siderúrgico, que vêm afetando seus principais compradores de aço, como a China, desde a crise de 2008.
Em sua declaração conjunta de encerramento, os ministros do G20 reconheceram "problemas estruturais, incluindo os excessos de capacidade em alguns setores (sobretudo o siderúrgico), exacerbados por uma recuperação econômica mundial frágil e uma demanda débil do mercado".
"Existe oferta demais, a indústria brasileira está também sofrendo com essa questão, e estamos um pouco preocupados", reconheceu o ministro.
"Não temos ainda uma posição formada sobre o que vamos fazer, mas estamos preocupados com o que China, Estados Unidos e a União Europeia possam decidir sobre isso, porque afetará todo o mundo, mas especialmente esses setores específicos da indústria brasileira: a siderurgia e o aço", indicou.
Nesse sentido, embora em geral tenha se mostrado partidário de combater o protecionismo no comércio internacional, em linha com o estipulado hoje pelos ministros, Pereira admitiu que o Brasil está trabalhando para fixar uma posição perante o G20 "e nos concentrar na proteção e defesa de nossa indústria nacional".
Durante o fim de semana, Pereira realizou vários encontros bilaterais: com seu colega chinês, Gao Hucheng; o ministro argentino de Produção, Francisco Cabrera; o secretário de Estado de Comércio da Espanha, Jaime García-Legaz, além da comissária de Comércio europeia, Cecilia Malmström, com os quais tratou temas do acordo comercial negociado pelo Mercosul e a UE.
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