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Piloto de avião solar diz que esta tecnologia deve ser aplicada em cidades

13/07/2016 11h11

Cairo, 13 jul (EFE).- O suíço André Borschberg, um dos dois pilotos do Solar Impulse II, o avião que chegou nesta quarta-feira ao Cairo em sua última escala antes de completar a volta ao mundo, afirmou que a tecnologia aplicada na aeronave deve ser utilizada nas cidades.

"Este avião toma sua energia de uma fonte renovável, a armazena, porque o usuário, neste caso o piloto, não a necessita ao mesmo tempo que é produzida. Da mesma maneira, podemos fazer isso nas cidades. O que fazemos neste avião é o que deveríamos fazer em terra", garantiu Borschberg aos jornalistas.

Após cerca de 50 horas de viagem desde que saiu da cidade espanhola de Sevilha, Borschberg afirmou que se sente "emocionado" porque fez sua última viagem no Solar Impulse II, que em poucos dias decolará rumo a Abu Dhabi para completar a volta ao mundo, mas desta vez sob os comandos do outro piloto do projeto, Bertrand Piccard.

Piccard destacou que a energia solar é uma "fonte de estabilidade social, riqueza e paz".

"Podemos mudar a produção de energia e oferecê-la por um preço muito barato a todo o mundo. A energia solar já não é só para os países ricos, agora é para os países em desenvolvimento, para que sejam mais ricos, mais seguros", indicou.

O Solar Impulse II chegará nos próximos dias a Abu Dhabi, após completar uma travessia de 35 mil quilômetros, 500 horas de voo e dez escalas sobrevoando o mar Arábico, a Índia, Mianmar, China, os oceanos Pacífico e Atlântico, Estados Unidos, o sul da Europa e o norte da África em cinco meses durante dois anos.

Este aparelho foi fabricado com fibra de carbono e se sustenta com uma envergadura alar maior que a do Boeing 747, mas se desloca com um peso similar ao de um automóvel vazio.

Além disso, mantém uma velocidade de travessia de entre 45 e 90 km/h, enquanto alcança um teto de voo máximo de 8,5 mil metros de altitude.