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Trabalho infantil afeta 22% das crianças da Mauritânia

02/09/2016 11h04

Rabat, 2 set (EFE).- Ao todo, 22% das crianças com idades entre 12 e 14 anos da Mauritânia realizam algum tipo de trabalho, enquanto entre os jovens na faixa dos 15 e 17 essa porcentagem é de 26%, denunciou a Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH) em um relatório divulgado nesta sexta-feira em Nouakchott.

Com esses dois grupos, há uma grande diferença conforme o lugar de residência. A quantidade de menores de idade que trabalha na zona rural é de 27%, mais do que o dobro dos que fazem isso nas áreas urbanas (12%). Já com relação à idade também há discrepâncias, e as meninas (9%) são muito mais exploradas do que os meninos (3%).

De acordo com a CNDH, algumas das atividades realizadas pelos menores mauritanos estão na lista das piores formas de trabalho infantil, como mendicância, venda de droga no varejo e trabalhos em condição de semiescravidão. Também há muitos menores que fazem trabalhos considerados "penosos", como os de lixeiros, pastores, camponeses, soldadores, chapistas, mecânicos e carroceiros.

A Comissão destaca que estas práticas trabalhistas são "contrárias à legislação nacional que protege às crianças", em referência às leis que estabelecem a escolarização obrigatória até os 14 anos, fixa a idade mínima de emprego também aos 14 e criminaliza a exploração e a escravidão de menores.