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Wells Fargo eliminará metas de vendas após caso das contas falsas

13/09/2016 19h47

Los Angeles (EFE), 13 set (EFE).- O banco americano Wells Fargo anunciou nesta terça-feira que eliminará os objetivos de vendas a partir do próximo dia 1º de janeiro depois que seus funcionários criaram centenas de milhares de contas falsas, sem autorização de seus clientes, sob a pressão de cumprir com as metas da entidade.

Por meio de uma nota de imprensa, o diretor-executivo da Wells Fargo, John Stumpf, cuja empresa recebeu uma multa de US$ 185 milhões por esse caso, afirmou que o objetivo do banco "sempre foi e continuará sendo cumprir com as necessidades financeiras de nossos clientes e satisfazer nossos clientes".

"Estamos eliminando as metas de vendas de produtos porque queremos assegurar que nossos clientes tenham a total confiança de que nossos banqueiros estão focados em seu melhor interesse", acrescentou.

"A eliminação de nossas metas de vendas de produtos bancários representa mais um passo para reforçar nossa cultura de serviço, ajuda a assegurar que nada mais se interponha em nossa habilidade de cumprir nossa missão, e é consistente com o compromisso de criar um grande ambiente de trabalho", concluiu Stumpf.

Na semana passada foi divulgado que o banco radicado em San Francisco chegou a um acordo com os organismos federais do Escritório para a Proteção Financeira do Consumidor e o Escritório do Controlador da Moeda, assim como com o Escritório do Procurador-Geral de Los Angeles, para encerrar a investigação sobre o caso das contas falsas pagando uma multa de US$ 185 milhões.

Segundo os investigadores, os funcionários, entre outras práticas, transferiram fundos de maneira ilegal a contas não autorizadas e criaram códigos PIN para cartões de débito que os clientes nunca pediram.

O Escritório para a Proteção Financeira do Consumidor afirmou, citando uma análise do próprio Wells Fargo, que podem ter sido abertas até dois milhões de contas sem o consentimento dos clientes.

O Wells Fargo terá que destinar, além disso, US$ 5 milhões adicionais de compensação para os clientes afetados pelas comissões e encargos originados por contas que não tinham solicitado.

A estimativa é que, até o momento, o total de compensações alcançou US$ 2,6 milhões, com uma média de US$ 25 de reembolso por conta.

O banco demitiu 5.300 funcionários desde 2011 por "práticas inapropriadas de vendas" durante a investigação deste escândalo.