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Panamá afirma que "Bahamas Papers" evidenciam que evasão fiscal é global

23/09/2016 16h56

Cidada do Panamá, 23 set (EFE).- A revelação de uma nova lista de sociedades offshore nas Bahamas evidencia que a evasão fiscal é um problema de todo o mundo e não só do Panamá, como se afirmou após a publicação em abril dos chamados Panama Papers, afirmou nesta sexta-feira o presidente do país, Juan Carlos Varela.

"Os Panama Papers foram principalmente um tema midiático que expuseram um problema global. Colocaram o nome do Panamá porque foi um escritório panamenho que sofreu o vazamento de informação, mas o tema da evasão fiscal é um problema global", enfatizou Varela em declarações aos veículos de comunicação locais.

O Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ) divulgou na quarta-feira informação, procedente de um novo vazamento, de mais de 175.000 sociedades offshore nas Bahamas em nome, entre outros, da ex-vice-presidente da Comissão Europeia, Neelie Kroes, e do ex-ministro colombiano Carlos Caballero.

O vazamento aconteceu cinco meses depois da divulgação dos polêmicos Panama Papers, que revelaram que centenas de personalidades de todo o mundo contrataram os serviços do escritório panamenho Mossack Fonseca para abrir sociedades offshore em diferentes paraísos fiscais.

A primeira consequência direta do vazamento foi a decisão da França de voltar a incluir o Panamá em sua lista de paraísos fiscais.

O escândalo do último mês de abril, que suscitou um vendaval de críticas contra as práticas financeiras do Panamá, não teve nenhum impacto negativo sobre a economia do istmo porque, segundo o presidente, o governo fez seus deveres em matéria de transparência fiscal.

"Os depósitos aumentaram cerca de 5% e os empréstimos, 10%. O sistema financeiro do Panamá é robusto e rígido. Muitas pessoas afirmam que abrir uma conta no Panamá é mais complicado que em outros lugares", destacou Varela.