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Opep decidirá quantidade de redução da produção de petróleo em novembro

28/09/2016 19h10

Argel, 28 set (EFE).- Eulogio Del Pino, ministro do Poder Popular do Petróleo da Venezuela, afirmou que na próxima reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), no dia 30 novembro, em Viena, será decidido o tamanho da redução da produção de petróleo e sua duração.

"Chegamos a um bom acordo, que foi feito com base em uma proposta que a Venezuela apresentou", afirmou o ministro após a reunião informal dos países membros nesta quarta-feira, em Argel.

Del Pino também disse que as negociações dos membros da Opep também incluirão produtores externos nas próximas semanas para que se somem ao pacto.

"Acredito que é uma solução excelente e vamos ligar para os países de fora da Opep para ver como eles vão se incorporar e quanta produção vão também incorporar nesta fixação da produção com a qual esperamos estabilizar o mercado definitivamente", argumentou.

"Serão discussões técnicas de nível muito alto para encontrar a cota de produção. Em novembro será decidido por quanto tempo e que países não Opep vão se incorporar ao acordo", ressaltou.

Ontem, Del Pino pressionou seus colegas da Opep para chegarem rápido a um acordo para evitar que o preço do petróleo seguisse em mãos de especuladores.

Em entrevista à imprensa ao término da sessão de abertura do XXV Fórum Internacional de Energia, o ministro ressaltou que, se não foram tomadas medidas de forma urgente, ocorrerá um colapso dos preços.

"Há um risco, todos sabemos. Os indicadores da Agência Internacional de Energia, da Opep, mostraram hoje que, se não fizermos algo, vamos entrar em colapso de preços. É o risco que vamos tomar e é o que estamos tentando evitar", afirmou.

"Pensem no que aconteceu hoje. Caiu quase 4%, 5%, o preço por simples especulações. Estamos em poder de especuladores", afirmou.

Del Pino falou sobre a necessidade dos países produtores de que o preço do barril ascenda, pelo menos, ao padrão de US$ 50 a US$ 60 para retomar os investimentos.

"Nós, como países produtores, temos o direito de ter um preço justo, um preço com o qual possamos nos recuperar para fazer os investimentos, para sustentar a produção em nível mundial. E essa é nossa posição", ressaltou.