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Número de desempregados no Brasil chega ao recorde de 12 milhões

30/09/2016 10h59

Rio de Janeiro, 30 set (EFE).- O número de desempregados no Brasil chegou ao recorde de 12 milhões no trimestre concluído em agosto deste ano, informou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

De acordo com o órgão, a taxa média de desemprego no país no trimestre entre junho e agosto deste ano foi de 11,8% da população economicamente ativa, a maior já registrada desde que o indicador começou a ser medido com critérios mais rigorosos a partir de 2012.

O índice de desemprego subiu 0,6 pontos percentuais em comparação com os 11,2% medidos no trimestre anterior, de março a maio, e 3,1 pontos percentuais frente ao registrado no mesmo trimestre de 2015 (8,7%).

Segundo o IBGE, o número de desempregados cresceu 36,6% no último ano, de 8,8 milhões no trimestre encerrado em agosto de 2015 até os 12 milhões do último trimestre.

Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, quando 11,4 milhões de pessoas estavam sem trabalho, o índice de desemprego subiu 5,1%.

Nos últimos 12 meses, 3,2 milhões de pessoas passaram a fazer parte do contingente de desempregados no Brasil.

O número de pessoas empregadas, por sua vez, caiu 2,2% no último ano, de 92,1 milhões no trimestre de junho a agosto de 2015, para 90,1 milhões no mesmo período deste ano.

Além de não ter gerado emprego para os cidadãos que ingressaram no mercado de trabalho, o Brasil perdeu 2 milhões de postos de trabalho no último ano.

Segundo o IBGE, o número de desempregados no país cresceu gradualmente a partir dos 6,45 milhões contabilizados no trimestre entre setembro e novembro de 2014.

Esse crescimento coincide com a maior recessão registrada pelo Brasil nas últimas décadas e mostra que a crise econômica teve forte impacto no mercado de trabalho.

A economia brasileira sofreu no ano passado uma retração de 3,8%, seu pior resultado nos últimos 25 anos, e os analistas preveem que o Produto Interno Bruto (PIB) encolherá 3,3% em 2016, o segundo ano consecutivo de crescimento negativo desde a década de 1930.