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Fórum no Panamá trata sobre papel da inovação no futuro da seguridade social

13/11/2016 14h27

Panamá, 13 nov (EFE).- Mil especialistas de mais de 150 países se reunirão a partir de segunda-feira no Panamá para decifrar como a inovação pode ajudar a superar os desafios que representam para os sistemas de seguridade social o envelhecimento demográfico e a transformação do mercado de trabalho por causa da economia digital.

Trata-se do Fórum Mundial da Seguridade Social (WSSF, por sua sigla em inglês), que se desenvolverá na capital panamenha até a próxima sexta-feira, quando vai acontecer uma cúpula na qual participarão representantes de governos e organizações internacionais.

Considerado o maior evento internacional dedicado a profissionais e administradores da seguridade social, o fórum é organizado pela Associação Internacional da Seguridade Social (AISS, por sua sigla em inglês) e pelo governo do Panamá, com o auspício da Caixa de Seguro Social (CSS) do país.

"Os desafios fundamentais para a seguridade social em um mundo em transformação" é o tema que abrirá amanhã o debate em uma sessão plenária, e ao longo da semana se desenvolverão conversas sobre assuntos como a liderança para a inovação, gestão de recursos humanos, investimento nas famílias, as crianças e os jovens, e a sustentabilidade e adequação das previdência.

O fórum inclui o lançamento de novas diretrizes em áreas-chave na administração da seguridade social, assim como das novidades no Centro para a Excelência da AISS, organização que tem sua sede em Genebra.

Neste domingo, além disso, está programada a realização da 113ª reunião da mesa direção da AISS, reservada só para os membros da organização, de acordo com a agenda oficial.

Na próxima sexta-feira, último dia do fórum, vai acontecer a Cúpula Mundial da Seguridade Social, para a qual foi anunciada a participação de representantes governamentais, responsáveis de políticas e altos administradores.

Entre os presentes estarão representantes de organismos internacionais como a ONU, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE).

O fórum é realizado no Panamá em meio a uma polêmica por seu custo, de US$ 2,1 milhões, e o anúncio da Controladoria Geral do Panamá de que pedirá ao Supremo a nulidade do contrato para sua organização no país centro-americano.

O Controlador Geral panamenho, Federico Humbert, indicou na quinta-feira que depois de ser forçado a endosssar essa despesa por insistência do Conselho da CSS, "pedirá a anulação" do mesmo perante a máxima corte.

"A Controladoria (tribunal de contas) não pode aceitar que por via de uma insistência legal seja lesado o Tesouro, permitindo executar um contrato que não beneficia para o Estado", disse Humbert em comunicado.

A realização do fórum no Panamá foi confirmada em novembro de 2015 em cerimônia realizada no país centro-americano, na qual assinaram o acordo o secretário-geral da AISS, Hans-Horst Konkolewsky, e o diretor-geral da CSS, Estivenson Girón.

Criada em 1927 sob os auspícios da OIT, a AISS agrupa atualmente ao redor de 320 organizações de 155 países, entre eles 32 do continente americano, exceto Bolívia, Cuba, El Salvador e Venezuela, 45 da África, 45 da Europa e 33 da Ásia e ilhas do Pacífico.