UE debate como proteger agricultura em pactos comerciais com outros países
Bruxelas, 15 nov (EFE).- Representantes dos países da União Europeia (UE) debateram nesta terça-feira medidas a serem adotadas para proteger o agronegócio da região nos acordos de livre-comércio que estão sendo negociados pelo bloco, como o pacto em discussão com os Estados Unidos e o Mercosul.
Os ministros de Agricultura dos 28 países-membros da UE realizaram uma "troca de opiniões" sobre o assunto a partir de um estudo que avalia os efeitos dos pactos comerciais sobre produtos como a carne bovina e os laticínios.
Fontes consultadas pela Agência Efe afirmaram que "todos os países deixaram claro que estão de acordo em avançar nos acordos de livre-comércio". No entanto, também destacaram a necessidade de conseguir um equilíbrio entre a proteção dos produtos considerados sensíveis e o acesso aos novos mercados.
O relatório alerta que a carne bovina, o arroz e o açúcar estão entre os produtos que poderiam ser os mais afetados pelos acordos de livre-comércio que a UE concluiu ou negocia com outros países, como o Canadá e o Vietnã.
França e Irlanda mostraram preocupação pelo possível impacto dos pactos sobre a carne bovina, segundo as fontes consultadas pela Efe. O estudo também alerta para "eventuais perdas" no setor avícola. Os laticínios e os produtos suínos, no entanto, estão entre os que mais podem se beneficiar dos acordos, da mesma forma que as bebidas alcóolicas e o tabaco.
Os ministros acertaram em retomar o debate sobre o estudo em uma nova reunião em janeiro, disse em entrevista coletiva a titular da Agricultura da Eslováquia, Gabriela Matecna, cujo país exerce neste semestre a presidência rotativa do Conselho da UE.
"O relatório valida o enfoque europeu de proteger de maneira sistemática os setores sensíveis, limitando a liberalização das importações, disse o vice-presidente da CE para o euro, Jyrki Katainen.
Em paralelo ao debate, Alemanha, França e Polônia pediram hoje ao Executivo da UE "mais informações" sobre as negociações do acordo comercial com o Mercosul, visando uma nova rodada de contatos que será realizada entre os dois blocos em março.
O comissário europeu de Agricultura, Phil Hogan, disse que fará o possível para ser transparente em relação ao conteúdo do acordo, mas disse que não poderá revelar todo o conteúdo das conversas.
Hogan afirmou em entrevista coletiva que as conclusões do relatóro apresentado serão levados em conta nas negociações com o Mercosul e pediu que os países da UE "moderem as expectativas" em relação à vulnerabilidade do setor bovino europeu.
O estudo apresentado hoje sobre os acordos comerciais examina uma ampla gama de produtos que representa 30% das exportações europeias.
Devido à metodologia usada para elaborar o relatório, ele deixa de fora produtos com "grande potencial de exportação" e que representam 70% do valor das exportações do agronegócio do bloco. EFE mb/lvl
(foto)
Os ministros de Agricultura dos 28 países-membros da UE realizaram uma "troca de opiniões" sobre o assunto a partir de um estudo que avalia os efeitos dos pactos comerciais sobre produtos como a carne bovina e os laticínios.
Fontes consultadas pela Agência Efe afirmaram que "todos os países deixaram claro que estão de acordo em avançar nos acordos de livre-comércio". No entanto, também destacaram a necessidade de conseguir um equilíbrio entre a proteção dos produtos considerados sensíveis e o acesso aos novos mercados.
O relatório alerta que a carne bovina, o arroz e o açúcar estão entre os produtos que poderiam ser os mais afetados pelos acordos de livre-comércio que a UE concluiu ou negocia com outros países, como o Canadá e o Vietnã.
França e Irlanda mostraram preocupação pelo possível impacto dos pactos sobre a carne bovina, segundo as fontes consultadas pela Efe. O estudo também alerta para "eventuais perdas" no setor avícola. Os laticínios e os produtos suínos, no entanto, estão entre os que mais podem se beneficiar dos acordos, da mesma forma que as bebidas alcóolicas e o tabaco.
Os ministros acertaram em retomar o debate sobre o estudo em uma nova reunião em janeiro, disse em entrevista coletiva a titular da Agricultura da Eslováquia, Gabriela Matecna, cujo país exerce neste semestre a presidência rotativa do Conselho da UE.
"O relatório valida o enfoque europeu de proteger de maneira sistemática os setores sensíveis, limitando a liberalização das importações, disse o vice-presidente da CE para o euro, Jyrki Katainen.
Em paralelo ao debate, Alemanha, França e Polônia pediram hoje ao Executivo da UE "mais informações" sobre as negociações do acordo comercial com o Mercosul, visando uma nova rodada de contatos que será realizada entre os dois blocos em março.
O comissário europeu de Agricultura, Phil Hogan, disse que fará o possível para ser transparente em relação ao conteúdo do acordo, mas disse que não poderá revelar todo o conteúdo das conversas.
Hogan afirmou em entrevista coletiva que as conclusões do relatóro apresentado serão levados em conta nas negociações com o Mercosul e pediu que os países da UE "moderem as expectativas" em relação à vulnerabilidade do setor bovino europeu.
O estudo apresentado hoje sobre os acordos comerciais examina uma ampla gama de produtos que representa 30% das exportações europeias.
Devido à metodologia usada para elaborar o relatório, ele deixa de fora produtos com "grande potencial de exportação" e que representam 70% do valor das exportações do agronegócio do bloco. EFE mb/lvl
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