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Finlândia quer proibir por lei uso de carvão para gerar energia antes de 2030

24/11/2016 15h27

Helsinque, 24 nov (EFE).- O governo finlandês apresentou nesta quinta-feira um novo plano estratégico nacional do setor energético que prevê, entre outras medidas, proibir por lei o uso do carvão para a produção de eletricidade a partir de 2030.

Se for aprovado pelo parlamento, onde o Executivo goza de uma cômoda maioria, a Finlândia se transformará no primeiro país do mundo a legislar sobre o abandono total do carvão como fonte de energia, a fim de cumprir com seus objetivos de reduzir as emissões de gases do efeito estufa.

O plano estratégico apresentado hoje representa uma decidida aposta pelas energias renováveis, com especial insistência nos biocombustíveis, e a redução paulatina do uso de combustíveis fósseis.

Concretamente, o Executivo finlandês de centro-direita quer que não sejam construídas novas centrais térmicas alimentadas com carvão e propõe que as já existentes adaptem suas instalações para substituir esta matéria-prima por resíduos da indústria florestal e biomassa.

O objetivo do governo é que as energias renováveis sejam pelo menos 50% do consumo energético nacional antes de 2030, com a meta de que se aproxime o mais possível dos 100% em 2050.

Além disso, pretende reduzir pela metade o consumo de combustíveis fósseis, como a gasolina e o diesel, antes de 2030 com relação aos níveis de 2005 e aumentar ao mesmo tempo a porcentagem de biocombustíveis como o etanol desde 13,5% atual até 30%.

Para isso, propõe concentrar os estímulos públicos em estímulos aos veículos menos poluentes e apoiar os investimentos em novas fábricas de biocombustíveis.

O transporte é um dos setores com mais emissões de gases do efeito estufa e por isso é também um dos mais afetados pelo plano estratégico do Executivo finlandês.

O objetivo do governo de Helsinque é que em 2030 haja pelo menos 250 mil carros elétricos e outros 50 mil à gás, em um país com 5,5 milhões de habitantes.

Também planeja incentivar a renovação da frota, a segundo com os veículos mais antigos da Europa, com uma idade média de 11,7 anos, segundo a ministra de Transporte, Anne Berner.