ONU diz que desigualdade aumentará entre países mais pobres e resto do mundo
Genebra, 13 dez (EFE).- A ONU prevê que a desigualdade entre os 48 países menos desenvolvidos e o restante do mundo aumentará nos próximos anos, após uma queda no ritmo de crescimento econômico das nações mais pobres.
Os países considerados como os menos avançados do mundo são caracterizados por baixa renda per capita, sistemas educacionais e de saneamento frágeis, altas taxas de desnutrição e analfabetismo. Além disso, sofrem com instabilidades econômicas, desastres naturais e guerras que provocam o deslocamento em massa de suas populações.
A maioria desses países está na África Subsaariana. Completam a lista outros cinco estão na Ásia (Afeganistão, Timor-Leste, Mianmar, Iêmen e Nepal), além de quatro ilhas do Pacífico e o Haiti.
Mais de 40% da pobreza mundial se concentra nesses locais, segundo o relatório sobre a situação dos países menos desenvolvidos elaborado pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) apresentado nesta segunda-feira.
O crescimento econômico dos 48 países menos desenvolvidos para 3,6% em 2015, o nível mais baixo desde 1994 e que representa a metade do projetado pelos economistas.
A recessão econômica global e outras prioridades que requerem financiamento - a luta contra a mudança climática, o terrorismo e o fluxo de imigrantes ilegais - fez com que a ajuda dos países ricos aos em desenvolvimento ficasse também na metade do estabelecido.
O relatório calcula que os países menos desenvolvidos deixam de receber entre US$ 24 bilhões e 50 bilhões anuais pelo descumprimento dessa meta estabelecida no Programa de Ação de Istanbul.
"Em vez de impedir ou diminuir a chegada de imigrantes, deveríamos nos ocupar do problema na origem. As estatísticas mostram que oito dos dez países onde há mais emigração fazem parte do grupo dos menos desenvolvidos", disse em entrevista coletiva o secretário-geral da Unctad, Mukhisa Kituyi.
O diretor do estudo, Rolf Traeger, constatou que em termos de desigualdade, renda e outros indicadores, como acesso à eletricidade, à água potável e aos serviços de saúde, os 48 países citados estão cada vez mais atrasados em relação aos demais.
Desde 1990, a proporção de pessoas sem acesso à eletricidade nos países do grupo aumentou para dois terços e agora elas representam mais da metade do total mundial. Já o número dos que não têm acesso à água potável duplicou e chega a 43,5% do total global.
Para os pesquisadores, os casos mais preocupantes são os de Serra Leoa, Guiné Equatorial e Iêmen, que registraram quedas superiores a 10% em suas rendas per capita. No caso iemenita, a redução é de 28,1% devido ao conflito armado vivido pelo país.
Segundo o relatório, apenas quatro países - Botsuana, Cabo Verde, Maldivas e Samoa - alcançaram um nível de desenvolvimento que os permite concorrer no mercado internacional de forma autônoma.
Os países considerados como os menos avançados do mundo são caracterizados por baixa renda per capita, sistemas educacionais e de saneamento frágeis, altas taxas de desnutrição e analfabetismo. Além disso, sofrem com instabilidades econômicas, desastres naturais e guerras que provocam o deslocamento em massa de suas populações.
A maioria desses países está na África Subsaariana. Completam a lista outros cinco estão na Ásia (Afeganistão, Timor-Leste, Mianmar, Iêmen e Nepal), além de quatro ilhas do Pacífico e o Haiti.
Mais de 40% da pobreza mundial se concentra nesses locais, segundo o relatório sobre a situação dos países menos desenvolvidos elaborado pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) apresentado nesta segunda-feira.
O crescimento econômico dos 48 países menos desenvolvidos para 3,6% em 2015, o nível mais baixo desde 1994 e que representa a metade do projetado pelos economistas.
A recessão econômica global e outras prioridades que requerem financiamento - a luta contra a mudança climática, o terrorismo e o fluxo de imigrantes ilegais - fez com que a ajuda dos países ricos aos em desenvolvimento ficasse também na metade do estabelecido.
O relatório calcula que os países menos desenvolvidos deixam de receber entre US$ 24 bilhões e 50 bilhões anuais pelo descumprimento dessa meta estabelecida no Programa de Ação de Istanbul.
"Em vez de impedir ou diminuir a chegada de imigrantes, deveríamos nos ocupar do problema na origem. As estatísticas mostram que oito dos dez países onde há mais emigração fazem parte do grupo dos menos desenvolvidos", disse em entrevista coletiva o secretário-geral da Unctad, Mukhisa Kituyi.
O diretor do estudo, Rolf Traeger, constatou que em termos de desigualdade, renda e outros indicadores, como acesso à eletricidade, à água potável e aos serviços de saúde, os 48 países citados estão cada vez mais atrasados em relação aos demais.
Desde 1990, a proporção de pessoas sem acesso à eletricidade nos países do grupo aumentou para dois terços e agora elas representam mais da metade do total mundial. Já o número dos que não têm acesso à água potável duplicou e chega a 43,5% do total global.
Para os pesquisadores, os casos mais preocupantes são os de Serra Leoa, Guiné Equatorial e Iêmen, que registraram quedas superiores a 10% em suas rendas per capita. No caso iemenita, a redução é de 28,1% devido ao conflito armado vivido pelo país.
Segundo o relatório, apenas quatro países - Botsuana, Cabo Verde, Maldivas e Samoa - alcançaram um nível de desenvolvimento que os permite concorrer no mercado internacional de forma autônoma.
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