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EUA apresentam queixa na OMC por subsídios da China a produtores de alumínio

12/01/2017 15h40

Washington, 12 jan (EFE).- O governo dos Estados Unidos apresentou nesta quinta-feira uma queixa formal à Organização Mundial do Comércio (OMC) pelos subsídios dados pela China a determinados produtores de alumínio do país.

"A China dá a sua indústria de alumínio uma vantagem injusta através de empréstimos a juros muito baixos e outros subsídios governamentais ilegais", disse o presidente dos EUA, Barack Obama, em comunicado divulgado pela Casa Branca.

Segundo Obama, esse tipo de política deixa os produtores norte-americanos em desvantagem e contribuiu para uma "saturação global" nos mercados de alumínio, aço e outros setores.

A queixa anunciada hoje é a 16ª apresentada pela Representação de Comércio dos Estados Unidos (USTR, na sigla em inglês) contra a China na OMC desde que Obama chegou ao poder em 2009.

De acordo com a USTR, as subvenções do governo de Pequim podem ter causado um "prejuízo" grave sob as regras da OMC aos interesses norte-americanos, mediante a "expansão artificial da capacidade, da produção e da fração de mercado da China, provocando uma diminuição significativa do preço global do alumínio primário".

"(A nova queixa) mostra mais uma vez o compromisso do governo de Obama em garantir uma concorrência justa e em igualdade de condições para os trabalhadores e as empresas norte-americanas", destacou o representante de Comércio Exterior, Michael Froman.

Obama, por sua vez, lembrou que durante seus oito anos de mandato os EUA apresentaram mais queixas à OMC do que qualquer outro membro da organização. Além disso, destacou que o país venceu todas as disputas que já foram julgadas até o momento.

O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, nomeou o advogado Robert Lighthizer para ser o novo representante de Comércio Exterior, cargo responsável por negociar e supervisionar os acordos comerciais do país.

Se confirmado pelo Senado, Lighthizer trabalhará em coordenação com o escolhido para o Departamento de Comércio, Wilbur Ross, e com Peter Navarro, economista à frente do recém-criado Conselho Nacional de Comércio da Casa Branca.

Assim como Navarro, Lighthizer é conhecido por fazer duras críticas à China, país que acusa de realizar práticas comerciais injustas.