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Bancos venezuelanos começam a receber novas cédulas sob estritas normas

13/01/2017 15h33

Caracas, 13 jan (EFE).- As agências bancárias da Venezuela começaram a receber sob estritas normas de distribuição as primeiras remessas de cédulas que formam o novo cone monetário, que estará disponível finalmente a partir da próxima segunda-feira, informaram nesta sexta-feira à Agência Efe fontes do setor.

Um representante do setor bancário disse à Efe, sob condição de anonimato, que os bancos privados começaram a armazenar a nova família de notas desde ontem, depois que o Banco Central lhes repassou um cronograma de distribuição que deverá "ser respeitado com zelo".

Este esquema estabelece que cada agência privada começará a disponibilizar ao público as cédulas de 500, 5.000 e 20.000 bolívares apenas em alguns estados, e não nas 24 entidades federais do país, uma vez que as demais denominações - 1.000, 2.000 e 10.000 - ainda não chegaram à nação caribenha.

A mesma fonte afirmou que cada banco maneja um número e lista de estados diferente, que também é distinta à quantidade de notas que recebeu cada entidade separadamente e que este número não é suficiente para atender à demanda atual, razão pela qual, pelo menos até a próxima semana, a distribuição será "mais que tudo simbólica".

Além disso, a fonte esclareceu que as novas cédulas serão distribuídas inicialmente nos bancos e ainda não através da rede de caixas automáticos por ordem do Executivo, e que se aplicará um regime especial aos estados fronteiriços para evitar a fuga do papel-moeda.

A capital venezuelana seria a exceção, já que se prevê que todas as entidades bancárias que contem com bilheterias em Caracas distribuam as novas notas.

As regiões da Venezuela nas quais os bancos não estejam autorizados para disponibilizar as novas notas continuarão recebendo cédulas de 50 e 100 bolívares, as de maior denominação no atual cone monetário, segundo as mesmas fontes.

Neste sentido, consideraram iminente que o presidente, Nicolás Maduro, anuncie uma nova prorrogação da vida útil da nota de 100 pois, segundo explicaram, as novas são insuficientes e demorarão mais de um mês para adequar as caixas automáticos à vindoura família de cédulas.

Um representante dos bancos estatais disse em dezembro à Efe, também sob condição de anonimato, que as agências deste setor já tinham sob seu resguardo cédulas novas, mas ressaltou que até então eram "pouquinhas".

Maduro assegurou que uma "sabotagem internacional" retardou a circulação das novas denominações monetárias e que deixará sem legalidade nem poder de compra, no próximo dia 20 de janeiro, a cédula de 100 para enfrentar supostas máfias internacionais que roubavam o papel-moeda para "atacar" a economia nacional.