Aeroporto do Panamá expressa preocupação de Odebrecht não concluir ampliação
Cidade do Panamá, 20 jan (EFE).- A gerência do Aeroporto Internacional de Tocumen, o maior do Panamá, reconheceu nesta sexta-feira sua preocupação de que a Odebrecht não possa concluir o novo terminal que está construindo, por mais de US$ 800 milhões, e que não descarta buscar um "plano B".
"A cada dia vemos mais acusações (contra a construtora brasileira) e isto é um motivo de preocupação para o Tocumen porque nós temos que acabar a obra", declarou hoje aos jornalistas o gerente geral do aeroporto, Joseph Fidanque III.
Fidanque III disse que, dada a situação da empresa, considera que não há "nenhuma garantia" que possa acabar a obra, razão pela qual "é preciso buscar um plano B".
No entanto, o executivo também reconheceu que mudar de prestador de serviços quando as obras estão com 60% de avanço "não é fácil" e "pode ocasionar um atraso grande".
"Se eles não terminarem as obras, o Tocumen tem fianças válidas de US$ 200 milhões", explicou o diretor.
A Odebrecht, que ganhou em 2012 a licitação para ampliar o aeroporto, está envolvida em um escândalo de corrupção e supostos subornos em vários países da América Latina, incluindo o Panamá.
No último dia 28 de dezembro, a Odebrecht Panamá garantiu em uma declaração pública que "junto a seus 8.000 colaboradores ratifica o funcionamento normal de suas operações no país para o cumprimento em tempo e forma de todos os projetos em execução".
O futuro terminal, projetado pelo prestigiado arquiteto britânico Norman Foster, está sendo erguido ao sul do aeroporto atual e contará com 20 portões de embarque, uma rua de rodagem, uma terceira pista de aterrissagem, uma torre de controle e acesso direto à estrada periférica da capital.
Além da ampliação do aeroporto de Tocumen, a empresa brasileira constrói a linha 2 do metrô do Panamá, por mais de US$ 1,85 bilhão, e a renovação da cidade de Colón, por US$ 537 milhões, entre outros projetos.
A construtora se comprometeu no último dia 12 de janeiro a pagar ao Panamá "os primeiros US$ 59 milhões" em conceito de fundo de garantia, enquanto uma procuradoria especial anticorrupção, criada no final de dezembro, investiga os supostos casos de corrupção.
Segundo o Ministério Público, atualmente quatro pessoas estão sendo investigadas, depois que seus nomes foram mencionados pela construtora, mas não foram revelados à opinião publica.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos indicou em um relatório divulgado em dezembro do ano passado que a Odebrecht desembolsou US$ 788 milhões em subornos em 12 países de América Latina e África, dos quais US$ 59 milhões foram pagos no Panamá entre 2009 e 2014.
O governo panamenho vetou também em dezembro a participação da Odebrecht em novas licitações até que a empresa ressarça o Estado e colabore com as investigações no país, mas distintas organizações sociais estão pedindo mais ações e a revelação dos nomes dos supostos subornados.
"A cada dia vemos mais acusações (contra a construtora brasileira) e isto é um motivo de preocupação para o Tocumen porque nós temos que acabar a obra", declarou hoje aos jornalistas o gerente geral do aeroporto, Joseph Fidanque III.
Fidanque III disse que, dada a situação da empresa, considera que não há "nenhuma garantia" que possa acabar a obra, razão pela qual "é preciso buscar um plano B".
No entanto, o executivo também reconheceu que mudar de prestador de serviços quando as obras estão com 60% de avanço "não é fácil" e "pode ocasionar um atraso grande".
"Se eles não terminarem as obras, o Tocumen tem fianças válidas de US$ 200 milhões", explicou o diretor.
A Odebrecht, que ganhou em 2012 a licitação para ampliar o aeroporto, está envolvida em um escândalo de corrupção e supostos subornos em vários países da América Latina, incluindo o Panamá.
No último dia 28 de dezembro, a Odebrecht Panamá garantiu em uma declaração pública que "junto a seus 8.000 colaboradores ratifica o funcionamento normal de suas operações no país para o cumprimento em tempo e forma de todos os projetos em execução".
O futuro terminal, projetado pelo prestigiado arquiteto britânico Norman Foster, está sendo erguido ao sul do aeroporto atual e contará com 20 portões de embarque, uma rua de rodagem, uma terceira pista de aterrissagem, uma torre de controle e acesso direto à estrada periférica da capital.
Além da ampliação do aeroporto de Tocumen, a empresa brasileira constrói a linha 2 do metrô do Panamá, por mais de US$ 1,85 bilhão, e a renovação da cidade de Colón, por US$ 537 milhões, entre outros projetos.
A construtora se comprometeu no último dia 12 de janeiro a pagar ao Panamá "os primeiros US$ 59 milhões" em conceito de fundo de garantia, enquanto uma procuradoria especial anticorrupção, criada no final de dezembro, investiga os supostos casos de corrupção.
Segundo o Ministério Público, atualmente quatro pessoas estão sendo investigadas, depois que seus nomes foram mencionados pela construtora, mas não foram revelados à opinião publica.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos indicou em um relatório divulgado em dezembro do ano passado que a Odebrecht desembolsou US$ 788 milhões em subornos em 12 países de América Latina e África, dos quais US$ 59 milhões foram pagos no Panamá entre 2009 e 2014.
O governo panamenho vetou também em dezembro a participação da Odebrecht em novas licitações até que a empresa ressarça o Estado e colabore com as investigações no país, mas distintas organizações sociais estão pedindo mais ações e a revelação dos nomes dos supostos subornados.
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