Panamá diz que escândalo dos Panama Papers impulsionou luta contra lavagem
Viena, 20 mar (EFE).- O vice-presidente e chanceler do Panamá, Isabel de Saint Malo, reconheceu nesta segunda-feira que a publicação dos chamados "Panamá Papers" serviu para acelerar a luta contra a lavagem de dinheiro e que, apesar do impacto negativo na imagem do país, esse escândalo não teve nenhum efeito em sua economia.
"Infelizmente meu país, pelo nome que teve, foi colocado na mira", lamentou a chanceler em entrevista à Agência Efe em Viena, onde mantém uma série de reuniões com altos cargos de diferentes organismos da ONU.
"Buscando o lado positivo, foi ter colocado em evidência uma situação global como está e as ramificações que tem, permitiu que aqueles países, como o Panamá, que lutam contra o crime organizado, que trabalham comprometidos contra a evasão de impostos, enxerguem onde estão errando", indicou.
A chanceler insistiu que o escândalo dos documentos filtrados do escritório Mossack Fonseca serviu para acelerar os esforços que seu governo já realizava contra a lavagem de capitais.
"Hoje, o Panamá não só está 100% com a agenda global de transparência fiscal, mas diria que estamos na vanguarda", sustentou.
Além disso, lembrou que criar sociedades anônimas, como as reveladas nesses caso, não é crime, mas sim a utilização ilícita feita a partir delas.
E apesar do nome do país ser associado ao escândalo, "apenas 20% das sociedades anônimas surgidas nas publicações" estavam registradas no Panamá.
"Então o que foi posto em evidência com os Panama Papers ? A fraqueza do sistema global", resumiu.
A vice-presidente se referiu também à investigação sobre os supostos subornos da construtora brasileira Odebrecht em diversos países latino-americanos, entre eles o Panamá, e disse que casos assim também podem acelerar a luta contra a corrupção.
De Saint Malo lembrou que o Panamá reagiu cancelando uma licitação que essa empresa tinha vencido e que a companhia não voltará a receber contratos até que "se ajuste com a Justiça".
"Infelizmente meu país, pelo nome que teve, foi colocado na mira", lamentou a chanceler em entrevista à Agência Efe em Viena, onde mantém uma série de reuniões com altos cargos de diferentes organismos da ONU.
"Buscando o lado positivo, foi ter colocado em evidência uma situação global como está e as ramificações que tem, permitiu que aqueles países, como o Panamá, que lutam contra o crime organizado, que trabalham comprometidos contra a evasão de impostos, enxerguem onde estão errando", indicou.
A chanceler insistiu que o escândalo dos documentos filtrados do escritório Mossack Fonseca serviu para acelerar os esforços que seu governo já realizava contra a lavagem de capitais.
"Hoje, o Panamá não só está 100% com a agenda global de transparência fiscal, mas diria que estamos na vanguarda", sustentou.
Além disso, lembrou que criar sociedades anônimas, como as reveladas nesses caso, não é crime, mas sim a utilização ilícita feita a partir delas.
E apesar do nome do país ser associado ao escândalo, "apenas 20% das sociedades anônimas surgidas nas publicações" estavam registradas no Panamá.
"Então o que foi posto em evidência com os Panama Papers ? A fraqueza do sistema global", resumiu.
A vice-presidente se referiu também à investigação sobre os supostos subornos da construtora brasileira Odebrecht em diversos países latino-americanos, entre eles o Panamá, e disse que casos assim também podem acelerar a luta contra a corrupção.
De Saint Malo lembrou que o Panamá reagiu cancelando uma licitação que essa empresa tinha vencido e que a companhia não voltará a receber contratos até que "se ajuste com a Justiça".
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