Vencedor do Prêmio Rei da Espanha, repórter brasileiro vê crises como desafio
Madri, 25 mar (EFE).- O jornalista Vinícius Sassine, repórter do jornal "O Globo", considera que o país vive um momento muito conservador, passando por uma crise política e econômica que, no entanto, pode ser vista como um desafio para que a imprensa local mostre a realidade para a população.
Sassine receberá na próxima segunda-feira, em Madri, das mãos de Felipe IV, o Prêmio Rei da Espanha de Jornalismo na categoria imprensa por uma reportagem sobre os obstáculos impostos pela Força Aérea Brasileira (FAB) para impedir o transporte de órgãos para transplantes enquanto cedia aeronaves para deslocamento de autoridades.
A história começou com o caso de Gabriel, um menino de 12 anos de Brasília que sofria de uma doença cardíaca. Ele morreu duas semanas depois de ter recebido a notícia da disponibilidade de um coração sadio em Minas Gerais. No entanto, a FAB recusou fazer o transporte do órgão por "razões operacionais".
O caso gerou uma forte comoção popular, que aumentou quando Sassine aprofundou o assunto e publicou que, entre 2013 e 2015, a FAB rejeitou levar 153 órgãos para transplantes. No mesmo período, 715 autoridades foram transportadas pelas aeronaves militares, às vezes para voltarem para casa durante o fim de semana.
No dia seguinte à publicação da matéria, o presidente Michel Temer assinou um decreto determinando que pelo menos um avião da FAB esteja sempre disponível para transportar órgãos para transplantes.
A opinião pública foi decisiva no caso, segundo Sassine, para quem o momento conservador vivido no Brasil pode refletir no jornalismo feito pela imprensa.
"Mas o Brasil tem muitas carências, muitas situações que precisam ser mostradas. Nunca me autocensurarei", disse Sassine em entrevista à Agência Efe.
Apesar de os jornalistas no Brasil terem dificuldades para executar seus trabalhos, Sassine vê os obstáculos como um desafio.
"Ser jornalista no Brasil pode ser angustiante e sufocante por essas dificuldades, mas acredito que temos também uma função social", avaliou o repórter do jornal "O Globo".
Os Prêmios Rei da Espanha, que estão na 34ª edição, são concedidos pela Agência Efe e pela Agência Espanhola de Cooperação Internacional.
Sassine receberá na próxima segunda-feira, em Madri, das mãos de Felipe IV, o Prêmio Rei da Espanha de Jornalismo na categoria imprensa por uma reportagem sobre os obstáculos impostos pela Força Aérea Brasileira (FAB) para impedir o transporte de órgãos para transplantes enquanto cedia aeronaves para deslocamento de autoridades.
A história começou com o caso de Gabriel, um menino de 12 anos de Brasília que sofria de uma doença cardíaca. Ele morreu duas semanas depois de ter recebido a notícia da disponibilidade de um coração sadio em Minas Gerais. No entanto, a FAB recusou fazer o transporte do órgão por "razões operacionais".
O caso gerou uma forte comoção popular, que aumentou quando Sassine aprofundou o assunto e publicou que, entre 2013 e 2015, a FAB rejeitou levar 153 órgãos para transplantes. No mesmo período, 715 autoridades foram transportadas pelas aeronaves militares, às vezes para voltarem para casa durante o fim de semana.
No dia seguinte à publicação da matéria, o presidente Michel Temer assinou um decreto determinando que pelo menos um avião da FAB esteja sempre disponível para transportar órgãos para transplantes.
A opinião pública foi decisiva no caso, segundo Sassine, para quem o momento conservador vivido no Brasil pode refletir no jornalismo feito pela imprensa.
"Mas o Brasil tem muitas carências, muitas situações que precisam ser mostradas. Nunca me autocensurarei", disse Sassine em entrevista à Agência Efe.
Apesar de os jornalistas no Brasil terem dificuldades para executar seus trabalhos, Sassine vê os obstáculos como um desafio.
"Ser jornalista no Brasil pode ser angustiante e sufocante por essas dificuldades, mas acredito que temos também uma função social", avaliou o repórter do jornal "O Globo".
Os Prêmios Rei da Espanha, que estão na 34ª edição, são concedidos pela Agência Efe e pela Agência Espanhola de Cooperação Internacional.
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