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Após dois anos de recessão, América Latina crescerá 1,5% em 2017, diz BID

31/03/2017 12h07

Assunção, 31 mar (EFE).- A América Latina crescerá 1,5% em 2017, após dois anos de recessão, e deve avançar no processo de constituição de um mercado regional para acelerar a expansão econômica, apontou nesta sexta-feira (31) o presidente do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), Luis Alberto Moreno.

"A América Latina voltará a crescer este ano, a uma taxa de 1,5%", disse Moreno em seu discurso no Fórum Empresarial, que deu início ao segundo dia da reunião anual do banco, realizada no Paraguai.

O presidente da principal instituição de desenvolvimento regional reconheceu que "não é a taxa desejada, mas é uma mudança de tendência bem-vinda" após os dois anos consecutivos de recessão na América Latina.

Em 2015 e 2016, a região sofreu as consequências das acentuadas contrações de Argentina e Brasil, duas das maiores economias e que devem retomar o crescimento este ano, segundo a instituição.

Para impulsionar esta expansão econômica, Moreno destacou a necessidade de investir "em projetos de integração latino-americana" que permitam reduzir os custos de comércio interno, e citou como exemplo o do túnel de Água Negra, que pretende ligar o norte do Chile e Argentina.

"Devemos avançar rumo a um mercado regional na América Latina e explorar a massa crítica que supõem os US$ 5 trilhões de PIB (Produto Interno Bruto) total e os 600 milhões de habitantes", afirmou Moreno, quem comemorou os progressos na criação de guichês únicos digitais de exportação.

Com estas medidas, e como exemplo, o presidente do BID lembrou que o tempo para executar os trâmites de exportação da carne paraguaia passou de 10 dias em média para apenas 3 horas.

No Fórum Empresarial, intitulado "Uma agenda de crescimento e desenvolvimento", participam líderes empresariais como Romaine Seguin, presidente para a América Latina da UPS, e Trinidad Jiménez, diretora de Estratégia Global de Assuntos Públicos da Telefônica.

Além disso, o BID apresentará durante reunião seu relatório macroeconômico sobre as perspectivas e desafios da região.