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Visita de americanos a Cuba aumenta 118% no primeiro trimestre de 2017

22/04/2017 01h31

Havana, 21 abr (EFE).- O aumento de visitantes dos Estados Unidos que estiveram em Cuba subiu 118% no primeiro trimestre deste ano, segundo estatísticas de especialistas do setor, divulgadas nesta sexta-feira pela televisão estatal da ilha.

Esse crescimento representa mais do dobro em relação ao mesmo período de 2016 e neste momento coloca os americanos em segundo lugar, atrás dos canadenses, de acordo com o economista José Luis Perelló.

Nos quatro primeiros meses de 2016, mais de 94 mil americanos visitaram Cuba e o número em 2017 foi de 284.937, um crescimento de 74% em comparação com 2015, segundo dados do Ministério do Turismo (Mintur).

Perelló disse que o número de visitantes americanos contrastam com as reduções de voos e reajustes em suas operações para Cuba realizadas pelas companhias aéreas dos EUA, autorizadas a transportar até 110 voos diariamente, após a restauração de voos comerciais para Cuba em 2016.

No mês de março, as companhias aéreas americanas Silver Airways e Frontier suspenderam seus voos para Cuba devido à saturação na oferta, enquanto outras como American Airlines, JetBlue e Spirit reduziram suas frequências e agora enviam aviões menores.

Além disso, o especialista acrescentou um estudo de agências da Secretaria de Comércio dos EUA afirmou que uma vez que foi estabelecida uma embaixada do país em Havana, poderiam visitar a ilha cerca de 500 mil americanos, sendo que 60% deles têm a preferência por fazer a viagem em cruzeiros.

Mas tanto o início dos voos regulares como dos cruzeiros que partiram dos EUA, em 2016, contribuíram com o aumento dos visitantes americanos apesar de que os cidadãos desse país ainda não podem viajar como turistas para a ilha.

Suas visitas a Cuba estão restringidos e amparadas em alguma das 12 categorias autorizadas pelo governo dos EUA, por conta da vigência do embargo econômico e comercial aplicado ao país caribenho.

Cuba e EUA iniciaram em dezembro de 2014 um processo de "degelo" na diplomacia, concretizado com a abertura de embaixadas nas capitais dos dois países em 2015.