Brasileiro vice-presidente de Países do BID diz que Trump é oportunidade
Madri, 27 jun (EFE). - A eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos tem impacto mais positivo do que negativo na América Latina porque seu modelo econômico gera mais oportunidades, afirmou nesta terça-feira o vice-presidente de Países do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o brasileiro Alexandre Meira da Rosa.
Em reunião realizada em Madri (Espanha), ele explicou que "passado o susto da eleição" e o discurso protecionista e populista, cujo tom foi substancialmente reduzido nos últimos meses, o impacto na região é positivo, pois "representa uma oportunidade de ouro para os parceiros".
"A União Europeia é um parceiro hábil e inteligente e soube retomar os acordos com a América Latina, o Mercosul e o México. O México se abriu mais para negociar com a Europa, buscou recuperar a associação de livre comércio com o Brasil e tem o olhar focado na Ásia", esclareceu.
Após um período de consolidação fiscal na região, as estruturas públicas "se desmantelaram", mas os países latino-americanos sempre recorreram à motivação "de buscar associações público-privadas como forma de provisão de infraestruturas".
Para o executivo do BID, a América Latina investe "muito pouco" em formação, capital, indústria e infraestrutura, o que representa uma média, conforme dados de 2015, de 2,5% do produto em infraestruturas, ainda que acredite que, na falta de um número oficial, agora seja mais baixo. Em um estudo recente, o organismo concluiu que para fechar essa brecha no financiamento de infraestrutura, que chega a US$ 125 bilhões, seria preciso investir o dobro do que os seus concorrentes asiáticos, durante dois anos.
Duas razões pelas quais o investimento privado é escasso na América Latina é a falta de bons projetos, já que "os estados perderam a capacidade de reflexão estratégica sobre as infraestruturas"; e a insuficiência dos mercados de capitais "para suportar este tipo de investimentos", asseverou Meira.
O Banco decidiu apoiar diretamente o setor privado, por que "agora a nossa missão se centra em ser agressivo no setor das infraestruturas", manifestou.
Os casos de corrupção em países como o Brasil e as investigações abertas no Peru, Panamá, Argentina e República Dominicana também limitaram o investimento nestes últimos dois anos, e apesar dos danos "serem muito claros", a região deve "aproveitar as oportunidades que se abrem a partir desses processos", explicou Meira.
Quanto à Venezuela, ele disse que ainda que o Banco pede que o país respeite os direitos humanos e a acabe com o uso da violência.
O grande desafio da América Latina para o vice-presidente de Países dp BID é "o desafio da produtividade" que o problema demográfico da região, já que a alta taxa de desemprego está concentrada nos jovens entre 15 e 23 anos, que não encontram oportunidades para estudar nem trabalhar.
Ainda que a região tenha progressivamente diminuído as desigualdades, "se quisermos dar o salto aos países desenvolvidos devemos trabalhar nos setores de infraestrutura e formação de capital humano", defendeu.
Em reunião realizada em Madri (Espanha), ele explicou que "passado o susto da eleição" e o discurso protecionista e populista, cujo tom foi substancialmente reduzido nos últimos meses, o impacto na região é positivo, pois "representa uma oportunidade de ouro para os parceiros".
"A União Europeia é um parceiro hábil e inteligente e soube retomar os acordos com a América Latina, o Mercosul e o México. O México se abriu mais para negociar com a Europa, buscou recuperar a associação de livre comércio com o Brasil e tem o olhar focado na Ásia", esclareceu.
Após um período de consolidação fiscal na região, as estruturas públicas "se desmantelaram", mas os países latino-americanos sempre recorreram à motivação "de buscar associações público-privadas como forma de provisão de infraestruturas".
Para o executivo do BID, a América Latina investe "muito pouco" em formação, capital, indústria e infraestrutura, o que representa uma média, conforme dados de 2015, de 2,5% do produto em infraestruturas, ainda que acredite que, na falta de um número oficial, agora seja mais baixo. Em um estudo recente, o organismo concluiu que para fechar essa brecha no financiamento de infraestrutura, que chega a US$ 125 bilhões, seria preciso investir o dobro do que os seus concorrentes asiáticos, durante dois anos.
Duas razões pelas quais o investimento privado é escasso na América Latina é a falta de bons projetos, já que "os estados perderam a capacidade de reflexão estratégica sobre as infraestruturas"; e a insuficiência dos mercados de capitais "para suportar este tipo de investimentos", asseverou Meira.
O Banco decidiu apoiar diretamente o setor privado, por que "agora a nossa missão se centra em ser agressivo no setor das infraestruturas", manifestou.
Os casos de corrupção em países como o Brasil e as investigações abertas no Peru, Panamá, Argentina e República Dominicana também limitaram o investimento nestes últimos dois anos, e apesar dos danos "serem muito claros", a região deve "aproveitar as oportunidades que se abrem a partir desses processos", explicou Meira.
Quanto à Venezuela, ele disse que ainda que o Banco pede que o país respeite os direitos humanos e a acabe com o uso da violência.
O grande desafio da América Latina para o vice-presidente de Países dp BID é "o desafio da produtividade" que o problema demográfico da região, já que a alta taxa de desemprego está concentrada nos jovens entre 15 e 23 anos, que não encontram oportunidades para estudar nem trabalhar.
Ainda que a região tenha progressivamente diminuído as desigualdades, "se quisermos dar o salto aos países desenvolvidos devemos trabalhar nos setores de infraestrutura e formação de capital humano", defendeu.
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