Nova York propõe imposto aos ricos para bancar manutenção do metrô da cidade
Nova York, 7 ago (EFE).- O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, propôs nesta segunda-feira (7) um novo imposto aos mais ricos para financiar os reparos necessários no envelhecido metrô da cidade e oferecer tarifas reduzidas às pessoas de baixa renda.
A medida, segundo De Blasio, geraria até US$ 800 milhões por ano e afetaria o bolso de menos de 1% da população da cidade.
Se aprovada, aumentaria de 3,9% a 4,4% a alíquota de impostos pagos pelos cidadãos com renda superior a US$ 500 mil por ano e pelos casais com mais de US$ 1 milhão.
Segundo os cálculos da prefeitura, o novo imposto só afetaria 32 mil nova-iorquinos, ou 0,8% da população.
"Ao invés de passar a conta para as famílias trabalhadoras e os usuários de metrô e ônibus, que já sofrem a pressão de tarifas em aumento e um mau serviço, estamos pedindo aos mais ricos da nossa cidade que contribuam um pouco mais para ajudar a levar o nosso sistema de transporte ao século XXI", disse De Blasio.
Nos últimos meses, os atrasos e os incidentes se multiplicaram no metrô de Nova York, o que levou as autoridades a declará-lo em "estado de emergência".
No entanto, o governador do Estado, Andrew Cuomo, e o prefeito da cidade, ambos democratas, discordaram em várias ocasiões quanto a quais medidas tomar e sobre quem deveria contribuir com os fundos necessários.
O plano apresentado nesta segunda-feira por De Blasio utiliza parte do dinheiro arrecadado entre os mais ricos para oferecer abonos de transporte pela metade de preço para até 800 mil nova-iorquinos de baixa renda.
O novo imposto, no entanto, deve ser aprovado pelos legisladores estaduais, algo a princípio muito complicado, já que o Senado de Nova York é controlado pelos republicanos.
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