Empresas com sede na Catalunha deixam Espanha devido à incerteza política
Barcelona (Espanha), 5 out (EFE).- Várias empresas com sede na Catalunha começaram a mudar suas sedes de local e a planejar como enfrentar a incerteza política após o referendo realizado no último domingo e que visa separar a região da Espanha.
O governo da Espanha deve aprovar amanhã um decreto de lei que permitirá que empresas da Catalunha mudem sua sede social sem precisar submeter a decisão à junta de acionistas, o que facilitaria a saída dessas companhias da região.
A Catalunha, que realizou no último domingo um referendo considerado ilegal pelo Tribunal Constitucional da Espanha, não descarta realizar nos próximos dias uma declaração unilateral de independência.
A Comissão Europeia reiterou que se uma região se separa de um país-membro ficará de fora da União Europeia.
O Banco Sabadell, quinto maior da Espanha, com 2.548 escritórios e cerca de 26 mil funcionários, anunciou hoje a transferência de sua sede social para a cidade de Alacante, na região de Valência.
Essa mudança permite que a instituição financeira fique sob a supervisão do Banco Central Europeu (BCE), com acesso a linhas de liquidez, além de pagar impostos dentro da Espanha.
Outro que deve seguir o mesmo caminho é o CaixaBank, terceira maior instituição financeira do país, que convocou para amanhã um conselho de administração extraordinário para debater a saída da sede social da Catalunha. A mudança só seria possível por causa da alteração que está sendo elaborada pelo governo espanhol.
Permanecer na zona do euro representa para os bancos continuar operando normalmente, garantindo os interesses de seus acionistas, clientes e funcionários.
Antes do Sabadell, outras empresas optaram por mudar suas sedes. São os casos da operadora de telecomunicações Eurona Wireless, que trocou Barcelona por Madri, e da Oryzon Genomics.
No setor turístico, um dos principais da economia da Espanha, vários diretores de redes hoteleiras que atuam na Catalunha confirmaram à Agência Efe que estão registrando um "impacto negativo" nos negócios e uma queda nas reservas depois do referendo.
O vice-presidente da Hotéis Meliá, Alfonso del Poyo, disse que já detectou uma "relevante queda da demanda" nos 11 estabelecimentos da empresa, uma situação que classificou como "preocupante".
O presidente do sindicato patronal catalão Foment del Treball, Joaquim Gay de Montellà, considerou como um "erro" a aprovação de uma eventual declaração unilateral de independência e pediu ao governo regional que não de passos "precipitados".
No entanto, o vice-presidente do governo regional da Catalunha e um dos principais líderes do movimento separatista, Oriol Junqueras, nega que vá haver uma "fuga de empresas".
"A Catalunha tem recordes históricos de investimento estrangeiro direto e exportações", afirmou.
Por sua vez, a deputada regional Eulàlia Reguant, que pertence ao partido independentista CUP, defendeu que os catalães cancelem suas contas no CaixaBank e no Banco Sabadell, um boicote que também poderia ser ampliado para o BBVA, segundo maior banco do país.
O governo da Espanha deve aprovar amanhã um decreto de lei que permitirá que empresas da Catalunha mudem sua sede social sem precisar submeter a decisão à junta de acionistas, o que facilitaria a saída dessas companhias da região.
A Catalunha, que realizou no último domingo um referendo considerado ilegal pelo Tribunal Constitucional da Espanha, não descarta realizar nos próximos dias uma declaração unilateral de independência.
A Comissão Europeia reiterou que se uma região se separa de um país-membro ficará de fora da União Europeia.
O Banco Sabadell, quinto maior da Espanha, com 2.548 escritórios e cerca de 26 mil funcionários, anunciou hoje a transferência de sua sede social para a cidade de Alacante, na região de Valência.
Essa mudança permite que a instituição financeira fique sob a supervisão do Banco Central Europeu (BCE), com acesso a linhas de liquidez, além de pagar impostos dentro da Espanha.
Outro que deve seguir o mesmo caminho é o CaixaBank, terceira maior instituição financeira do país, que convocou para amanhã um conselho de administração extraordinário para debater a saída da sede social da Catalunha. A mudança só seria possível por causa da alteração que está sendo elaborada pelo governo espanhol.
Permanecer na zona do euro representa para os bancos continuar operando normalmente, garantindo os interesses de seus acionistas, clientes e funcionários.
Antes do Sabadell, outras empresas optaram por mudar suas sedes. São os casos da operadora de telecomunicações Eurona Wireless, que trocou Barcelona por Madri, e da Oryzon Genomics.
No setor turístico, um dos principais da economia da Espanha, vários diretores de redes hoteleiras que atuam na Catalunha confirmaram à Agência Efe que estão registrando um "impacto negativo" nos negócios e uma queda nas reservas depois do referendo.
O vice-presidente da Hotéis Meliá, Alfonso del Poyo, disse que já detectou uma "relevante queda da demanda" nos 11 estabelecimentos da empresa, uma situação que classificou como "preocupante".
O presidente do sindicato patronal catalão Foment del Treball, Joaquim Gay de Montellà, considerou como um "erro" a aprovação de uma eventual declaração unilateral de independência e pediu ao governo regional que não de passos "precipitados".
No entanto, o vice-presidente do governo regional da Catalunha e um dos principais líderes do movimento separatista, Oriol Junqueras, nega que vá haver uma "fuga de empresas".
"A Catalunha tem recordes históricos de investimento estrangeiro direto e exportações", afirmou.
Por sua vez, a deputada regional Eulàlia Reguant, que pertence ao partido independentista CUP, defendeu que os catalães cancelem suas contas no CaixaBank e no Banco Sabadell, um boicote que também poderia ser ampliado para o BBVA, segundo maior banco do país.
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