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CaixaBank transferirá sua sede social para fora da Catalunha

06/10/2017 15h10

Barcelona (Espanha), 6 out (EFE).- O conselho de administração do CaixaBank, o terceiro maior banco da Espanha em volume de ativos, decidiu nesta sexta-feira, em uma sessão extraordinária, transferir sua sede social para fora da Catalunha, concretamente para a cidade de Valência, diante da possibilidade de uma declaração unilateral de independência por parte da região autônoma espanhola.

O banco catalão adotou esta medida com base no decreto aprovado hoje pelo governo espanhol, que elimina o requisito de submeter uma transferência deste tipo à junta de acionistas.

O CaixaBank segue assim o caminho do Banco Sabadell e de outras empresas catalãs que nos últimos dias anunciaram a transferência de seu domicílio social para fora da Catalunha, para outras províncias espanholas, diante da incerteza criada nessa região espanhola pelo processo de independência.

Com esta medida, a entidade busca "proteger os interesses dos clientes, acionistas e funcionários, garantindo a permanência da entidade na zona do euro sob a supervisão do Banco Central Europeu (BCE)" diante de uma eventual secessão.

A transferência da sede social não resultará em nenhuma mudança na operação do grupo, que manterá seus serviços centrais em Barcelona, bem como o seu modelo em toda a Espanha.

O CaixaBank é o principal banco na Catalunha e um dos mais importantes da Espanha, com uma rede de mais de 5.400 agências, 9.400 caixas, 15,8 milhões de clientes e mais de 37 mil funcionários no mercado ibérico.

A instabilidade política criada pelo processo de independência levou muitas empresas catalãs a transferirem suas sedes para fora da Catalunha ou a planejarem esta opção caso o Executivo regional faça uma declaração de independência de forma unilateral.

Precisamente, o decreto-lei de medidas urgentes em matéria de mobilidade dos operadores econômicos dentro do território nacional aprovado hoje pelo governo espanhol simplifica os trâmites para a mudança de sede, o que facilitará a saída de empresas da Catalunha. EFE

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