EUA pedem a FMI e BM grandes reformas internas e foco no setor privado
Washington, 14 out (EFE).- O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steve Mnuchin, pediu neste sábado uma significativa reforma do Fundo Monetário Internacional (FMI), onde sobressaia o impulso ao setor privado, e ao Banco Mundial (BM), para que concentre seu esforço em países pobres e deixe de emprestar a países de médio investimento, como a China.
"À medida que o FMI passa para o período após a crise financeira global, urgimos à instituição para estruturar seus programas de empréstimo para priorizar reformas que impulsionem o crescimento econômico guiado pelo setor privado", disse Mnuchin em sua declaração perante o Comitê Financeiro e Monetário do organismo.
O secretário do tesouro americano criticou que "em muitos países, um setor público de grande porte deixa de lado o setor privado". Além disso, apontou que o FMI deve ser "um exemplo de disciplina fiscal", algo que exigirá "decisões difíceis", como revisar "os salários e benefícios dos seus trabalhadores".
Por outro lado, Mnuchin mostrou seu receio perante o aumento de capital colocado pelo presidente do BM, Jim Yong Kim, para incrementar os recursos financeiros da primeira instituição de desenvolvimento global, com empréstimos anuais acima dos US$ 50 bilhões.
"Mais capital não é a solução quando o capital existente não é distribuído de maneira efetiva", disse o americano, que participa da assembleia anual de ambas as instituições, realizada nesta semana em Washington.
Neste sentido, Mnuchin apontou que "a demanda de capital barato (como os empréstimos a baixos juros do BM) sempre superou a oferta, por isso é fundamental garantir que esses recursos sejam aplicados onde são mais necessários e podem alcançar resultados efetivos e sustentados".
Mnuchin pediu uma "significativa mudança" no financiamento, de modo que se concentre entre os países mais pobres e não nos de médio investimento.
Ainda que não tenha citado pelo nome, os EUA expressaram sua preocupação pelo grande volume de fundos destinados pelo BM à China, que só em 2017 recebeu mais de US$ 2,4 bilhões para empréstimos.
O BM ampliou seus projetos em países de médio investimento com o argumento de que é fundamental ajudar estes países no trânsito para economias avançadas.
"Reconhecemos que o BM tem um papel a desempenhar entre os seus clientes mais ricos e solventes, mas, ao nosso julgamento, este papel deve se concentrar na transferência de conhecimento, e desenhado para que saiam completamente da assistência dos doadores", remarcou Mnuchin.
O presidente dos EUA, Donald Trump, que chegou à Casa Branca em janeiro, mostrou explicitamente seu ceticismo perante as instituições multilaterais, as quais acusou de falta de efetividade, e insistiu que não hesitará em aplicar medidas comerciais para proteger a economia americana.
Esta posição de Washington, principal acionista e contribuinte no FMI e no BM, representa um giro de 180 graus a respeito das políticas defendidas pelo governo de Barack Obama (2009-2017).
"À medida que o FMI passa para o período após a crise financeira global, urgimos à instituição para estruturar seus programas de empréstimo para priorizar reformas que impulsionem o crescimento econômico guiado pelo setor privado", disse Mnuchin em sua declaração perante o Comitê Financeiro e Monetário do organismo.
O secretário do tesouro americano criticou que "em muitos países, um setor público de grande porte deixa de lado o setor privado". Além disso, apontou que o FMI deve ser "um exemplo de disciplina fiscal", algo que exigirá "decisões difíceis", como revisar "os salários e benefícios dos seus trabalhadores".
Por outro lado, Mnuchin mostrou seu receio perante o aumento de capital colocado pelo presidente do BM, Jim Yong Kim, para incrementar os recursos financeiros da primeira instituição de desenvolvimento global, com empréstimos anuais acima dos US$ 50 bilhões.
"Mais capital não é a solução quando o capital existente não é distribuído de maneira efetiva", disse o americano, que participa da assembleia anual de ambas as instituições, realizada nesta semana em Washington.
Neste sentido, Mnuchin apontou que "a demanda de capital barato (como os empréstimos a baixos juros do BM) sempre superou a oferta, por isso é fundamental garantir que esses recursos sejam aplicados onde são mais necessários e podem alcançar resultados efetivos e sustentados".
Mnuchin pediu uma "significativa mudança" no financiamento, de modo que se concentre entre os países mais pobres e não nos de médio investimento.
Ainda que não tenha citado pelo nome, os EUA expressaram sua preocupação pelo grande volume de fundos destinados pelo BM à China, que só em 2017 recebeu mais de US$ 2,4 bilhões para empréstimos.
O BM ampliou seus projetos em países de médio investimento com o argumento de que é fundamental ajudar estes países no trânsito para economias avançadas.
"Reconhecemos que o BM tem um papel a desempenhar entre os seus clientes mais ricos e solventes, mas, ao nosso julgamento, este papel deve se concentrar na transferência de conhecimento, e desenhado para que saiam completamente da assistência dos doadores", remarcou Mnuchin.
O presidente dos EUA, Donald Trump, que chegou à Casa Branca em janeiro, mostrou explicitamente seu ceticismo perante as instituições multilaterais, as quais acusou de falta de efetividade, e insistiu que não hesitará em aplicar medidas comerciais para proteger a economia americana.
Esta posição de Washington, principal acionista e contribuinte no FMI e no BM, representa um giro de 180 graus a respeito das políticas defendidas pelo governo de Barack Obama (2009-2017).
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