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Espanha reduz previsão do PIB para 2018 devido à crise com a Catalunha

16/10/2017 22h40

Madri, 16 out (EFE).- O governo da Espanha reduziu de 2,6% para 2,3% a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2018 por causa da incerteza gerada pela crise com a Catalunha, pela moderação do atual ciclo econômico e pela ausência de um orçamento geral do Estado.

O plano de orçamento para 2018 foi elaborado com base em um cenário econômico sem mudanças de políticas públicas. A proposta é considerada como prudente, levando em consideração a "incerteza atual associada à situação política na Catalunha", diz o documento.

O projeto apresenta novidades em relação à estratégia fiscal comunicada em abril desde ano pelo presidente do Governo da Espanha, Mariano Rajoy. De acordo com os últimos dados de arredacação e de execução orçamentária, o país tem garantido o cumprimento do objetivo de déficit público de 2017, fixado em 3,1% do PIB.

No entanto, a previsão sob a hipótese de "política constante", junto com o desaquecimento do crescimento econômico do país, coloca a estimativa do déficit da Espanha para 2018 em 2,3%.

"São projeções prudentes, que incorporam a leve desaceleração econômica, em linha com que antecipam os principais órgãos nacionais e internacionais, mas que também levam em conta uma leve contenção da demanda interna, resultado do impacto negativo vinculado à atuação situação na Catalunha", destaca a proposta.

Sobre 2017, o governo projeta um crescimento do PIB de 3,1%, uma leve alta de 0,1% em relação às previsões de julho.

"O crescimento da economia espanhola em 2018 segue muito sólido, superior à média prevista para a zona do euro, e muito mais sustentável e equilibrado do que em épocas anteriores, graças às reformas estruturais realizadas", afirma o governo.

Além disso, o Executivo de Rajoy indica que o crescimento econômico intensivo favorece a criação de postos de trabalho, o que permitirá reduzir a taxa de desemprego atual de 15,5%.

A previsão do governo da Espanha é que a demanda interna se manterá em 2018 como principal motor do crescimento da economia. O consumo privado manterá no próximo ano um sólido ritmo de expansão, de 1,8%, em um contexto favorável de crédito e perspectivas econômicas, indica a proposta.