Argentina afirma que Mercosul e UE já negociam "equilíbrio final" de acordo
Buenos Aires, 16 nov (EFE).- O governo da Argentina garantiu nesta quinta-feira que as negociações entre o Mercosul e a União Europeia (UE) entraram na etapa de busca do "equilíbrio final" do acordo de livre-comércio, um pacto que os industriais locais encaram entre a esperança e o receio.
"Já estamos em uma etapa onde começamos a negociar os equilíbrios finais do acordo", afirmou o secretário de Relações Econômicas Internacionais da Argentina, Horacio Reyser, em um encontro organizado pela União Industrial Argentina (UIA), a maior patronal do país.
A UE e o Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) concluíram na sexta-feira passada em Brasília sua quinta rodada de conversas desde que foram retomadas as negociações formais, em maio de 2016.
A próxima rodada acontecerá entre os dias 29 de novembro e 5 de dezembro em Bruxelas e as partes mantêm o objetivo de fechar um entendimento antes do final do ano.
Reyser, a cargo das negociações em representação da Argentina, detalhou que atualmente as conversas cobrem 87% do comércio e o objetivo é alcançar 90% para que o pacto seja considerado verdadeiramente como de livre-comércio.
Segundo o diplomata, neste trecho da negociação, o Mercosul procura incorporar ao acordo cerca de 200 produtos, principalmente agrícolas, que agora estão fora, e conseguir um aumento nas cotas de acesso ao mercado europeu.
Reyser disse que também há uma "forte negociação" sobre regras de origem e em assuntos como propriedade intelectual, compras governamentais e serviços.
O representante argentino firmou que, além de aumentar o fluxo comercial, o acordo com a UE, bloco que representa cerca de 20% do PIB mundial, trará outros "muitos benefícios", como participar de cadeias de valor global, aumento do investimento na Argentina, um maior valor para as empresas locais e crescimento do emprego.
Por sua vez, o secretário da UIA, Alberto Álvarez Saavedra, expressou sua "esperança" de "chegar a um melhor e maior comércio" a partir deste acordo, que é negociado desde abril de 2000.
No encontro, onde representantes de diferentes setores industriais expuseram sua posição, o diretor-executivo da UIA, Diego Coatz, chamou atenção para o atual déficit comercial industrial da Argentina.
"Quando falamos de negociações, falamos de geração de divisas genuínas para reduzir este déficit, um déficit por trás do qual aparecem China, Brasil e a UE. O fundamental é que em cinco anos reduzamos um pouco o déficit comercial", ressaltou Coatz.
Já o secretário do Departamento Comércio e Negociações Internacionais da UIA, Adrián Makuc, afirmou que, desde o princípio, "a negociação sempre esteve desequilibrada a favor da UE".
De seu ponto de vista, a "esse desequilíbrio que sempre existiu" tem se somado agora uma "pressa" para alcançar um acordo antes do final do ano.
"Isto nos colocou em uma situação na qual o melhor que podemos fazer é controlar ou minimizar o prejuízo deste acordo, não só em comércio de bens, mas também para os outros capítulos da negociação", opinou.
Nesse sentido, Makuc reivindicou que o Mercosul faça valer o tratamento especial e diferenciado para certos setores do bloco sul-americano como "princípio reitor" das negociações.
"Já estamos em uma etapa onde começamos a negociar os equilíbrios finais do acordo", afirmou o secretário de Relações Econômicas Internacionais da Argentina, Horacio Reyser, em um encontro organizado pela União Industrial Argentina (UIA), a maior patronal do país.
A UE e o Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) concluíram na sexta-feira passada em Brasília sua quinta rodada de conversas desde que foram retomadas as negociações formais, em maio de 2016.
A próxima rodada acontecerá entre os dias 29 de novembro e 5 de dezembro em Bruxelas e as partes mantêm o objetivo de fechar um entendimento antes do final do ano.
Reyser, a cargo das negociações em representação da Argentina, detalhou que atualmente as conversas cobrem 87% do comércio e o objetivo é alcançar 90% para que o pacto seja considerado verdadeiramente como de livre-comércio.
Segundo o diplomata, neste trecho da negociação, o Mercosul procura incorporar ao acordo cerca de 200 produtos, principalmente agrícolas, que agora estão fora, e conseguir um aumento nas cotas de acesso ao mercado europeu.
Reyser disse que também há uma "forte negociação" sobre regras de origem e em assuntos como propriedade intelectual, compras governamentais e serviços.
O representante argentino firmou que, além de aumentar o fluxo comercial, o acordo com a UE, bloco que representa cerca de 20% do PIB mundial, trará outros "muitos benefícios", como participar de cadeias de valor global, aumento do investimento na Argentina, um maior valor para as empresas locais e crescimento do emprego.
Por sua vez, o secretário da UIA, Alberto Álvarez Saavedra, expressou sua "esperança" de "chegar a um melhor e maior comércio" a partir deste acordo, que é negociado desde abril de 2000.
No encontro, onde representantes de diferentes setores industriais expuseram sua posição, o diretor-executivo da UIA, Diego Coatz, chamou atenção para o atual déficit comercial industrial da Argentina.
"Quando falamos de negociações, falamos de geração de divisas genuínas para reduzir este déficit, um déficit por trás do qual aparecem China, Brasil e a UE. O fundamental é que em cinco anos reduzamos um pouco o déficit comercial", ressaltou Coatz.
Já o secretário do Departamento Comércio e Negociações Internacionais da UIA, Adrián Makuc, afirmou que, desde o princípio, "a negociação sempre esteve desequilibrada a favor da UE".
De seu ponto de vista, a "esse desequilíbrio que sempre existiu" tem se somado agora uma "pressa" para alcançar um acordo antes do final do ano.
"Isto nos colocou em uma situação na qual o melhor que podemos fazer é controlar ou minimizar o prejuízo deste acordo, não só em comércio de bens, mas também para os outros capítulos da negociação", opinou.
Nesse sentido, Makuc reivindicou que o Mercosul faça valer o tratamento especial e diferenciado para certos setores do bloco sul-americano como "princípio reitor" das negociações.
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