Opep prevê que corte da produção equilibrará mercado petrolífero em 2018
Antonio Sánchez Solís
Viena, 13 dez (EFE).- O corte de produção lançado há um ano pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para reduzir o excesso de oferta no mercado permitirá um equilíbrio no final de 2018, apesar da previsão de o produção de petróleo de xisto dos EUA atingir níveis recorde, segundo as previsões publicadas nesta quarta-feira pelo grupo energético.
Em seu último relatório do ano sobre a situação do mercado, a Opep prevê que a produção total de seus concorrentes aumentará em 0,9 milhão os barris diários (mbd), até chegar a 56,58 mbd.
O bombeamento dos Estados Unidos, especialmente o de petróleo de xisto, crescerá 1,05 mbd e será praticamente o único responsável por todo esse aumento.
Assim, as extrações de xisto chegarão em 2018 até os 5,48 mbd, 17% a mais que no ano passado e acima do recorde de produção de 4,70 mbd registrado em 2015.
"A previsão de 2018 para o fornecimento de países que não são da Opep está associado com consideráveis incertezas, particularmente relacionadas com o desenvolvimento do petróleo de xisto dos EUA", indicam os especialistas da Opep em seu relatório.
O grupo petroleiro afirmou que já em 2017 a produção americana crescerá 4,45% e que é esperado que esse ritmo "continue em 2018 com o impulso de crescentes investimentos no petróleo de xisto dos EUA e de poços mais eficientes".
As extrações de petróleo de xisto, mais caras do que as do petróleo convencional, começaram a cair em 2015 quando a queda dos preços fez com que essas explorações deixassem de ser rentáveis.
Agora, com a recuperação dos custos do petróleo, graças à política de cortes da Opep, o xisto volta a ser interessante para os investidores.
Frente ao aumento da produção dos EUA, a Opep estima que poderá colocar no mercado uma média de 33,2 mbd de seu petróleo, apenas 1% a mais do que este ano.
"Combinado com os contínuos esforços da Opep e dos países não Opep para respaldar a estabilidade no mercado de petróleo, isto deveria dirigir a uma maior redução do excesso de estoques mundiais, alcançando um mercado equilibrado no final de 2018", acredita o grupo petroleiro.
A Rússia, um dos aliados da Opep na estratégia de reduzir a produção, verá como sua produção caiu 1,36%, contribuindo para essa redução da oferta.
De fato, em seu relatório, a Opep insiste que o acordo para retirar do mercado 1,8 mbd, em vigor desde em janeiro e até dezembro de 2018, está sendo notado no volume de petróleo armazenado.
Assim, as reservas de petróleo nos países da OCDE, que agrupa as nações mais industrializadas e que mais consomem, caíram em outubro passado até 2.948 mbd, 107 milhões a menos que no mesmo mês de 2016.
A Opep argumenta que a tendência em alta do preço do petróleo é um reflexo do efeito da política de cortes e do fato de que os 24 países signatários (14 Opep e outros 10 grandes produtores) estão cumprindo totalmente com os seus compromissos de fechar as torneiras.
O valor do petróleo da Opep chegou em novembro aos seus níveis mais altos desde junho de 2015.
Em 30 de novembro, a Opep e seus aliados acordaram manter até o final de 2018 essa estratégia, embora destacaram que poderiam revisá-la em qualquer momento se for preciso.
Com relação à demanda para o ano que vem, a Opep manteve sua previsão anterior de 98,45 mbd, 1,56% a mais que em 2017.
Por regiões, a Ásia, e concretamente a China, são os principais motores do aumento do consumo.
De fato, a alta da demanda chinesa representa quase um terço do total do aumento mundial e ficará em 12,67 mbd, 12% de todo o petróleo que queimará no mundo no próximo ano.
Viena, 13 dez (EFE).- O corte de produção lançado há um ano pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para reduzir o excesso de oferta no mercado permitirá um equilíbrio no final de 2018, apesar da previsão de o produção de petróleo de xisto dos EUA atingir níveis recorde, segundo as previsões publicadas nesta quarta-feira pelo grupo energético.
Em seu último relatório do ano sobre a situação do mercado, a Opep prevê que a produção total de seus concorrentes aumentará em 0,9 milhão os barris diários (mbd), até chegar a 56,58 mbd.
O bombeamento dos Estados Unidos, especialmente o de petróleo de xisto, crescerá 1,05 mbd e será praticamente o único responsável por todo esse aumento.
Assim, as extrações de xisto chegarão em 2018 até os 5,48 mbd, 17% a mais que no ano passado e acima do recorde de produção de 4,70 mbd registrado em 2015.
"A previsão de 2018 para o fornecimento de países que não são da Opep está associado com consideráveis incertezas, particularmente relacionadas com o desenvolvimento do petróleo de xisto dos EUA", indicam os especialistas da Opep em seu relatório.
O grupo petroleiro afirmou que já em 2017 a produção americana crescerá 4,45% e que é esperado que esse ritmo "continue em 2018 com o impulso de crescentes investimentos no petróleo de xisto dos EUA e de poços mais eficientes".
As extrações de petróleo de xisto, mais caras do que as do petróleo convencional, começaram a cair em 2015 quando a queda dos preços fez com que essas explorações deixassem de ser rentáveis.
Agora, com a recuperação dos custos do petróleo, graças à política de cortes da Opep, o xisto volta a ser interessante para os investidores.
Frente ao aumento da produção dos EUA, a Opep estima que poderá colocar no mercado uma média de 33,2 mbd de seu petróleo, apenas 1% a mais do que este ano.
"Combinado com os contínuos esforços da Opep e dos países não Opep para respaldar a estabilidade no mercado de petróleo, isto deveria dirigir a uma maior redução do excesso de estoques mundiais, alcançando um mercado equilibrado no final de 2018", acredita o grupo petroleiro.
A Rússia, um dos aliados da Opep na estratégia de reduzir a produção, verá como sua produção caiu 1,36%, contribuindo para essa redução da oferta.
De fato, em seu relatório, a Opep insiste que o acordo para retirar do mercado 1,8 mbd, em vigor desde em janeiro e até dezembro de 2018, está sendo notado no volume de petróleo armazenado.
Assim, as reservas de petróleo nos países da OCDE, que agrupa as nações mais industrializadas e que mais consomem, caíram em outubro passado até 2.948 mbd, 107 milhões a menos que no mesmo mês de 2016.
A Opep argumenta que a tendência em alta do preço do petróleo é um reflexo do efeito da política de cortes e do fato de que os 24 países signatários (14 Opep e outros 10 grandes produtores) estão cumprindo totalmente com os seus compromissos de fechar as torneiras.
O valor do petróleo da Opep chegou em novembro aos seus níveis mais altos desde junho de 2015.
Em 30 de novembro, a Opep e seus aliados acordaram manter até o final de 2018 essa estratégia, embora destacaram que poderiam revisá-la em qualquer momento se for preciso.
Com relação à demanda para o ano que vem, a Opep manteve sua previsão anterior de 98,45 mbd, 1,56% a mais que em 2017.
Por regiões, a Ásia, e concretamente a China, são os principais motores do aumento do consumo.
De fato, a alta da demanda chinesa representa quase um terço do total do aumento mundial e ficará em 12,67 mbd, 12% de todo o petróleo que queimará no mundo no próximo ano.
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