Chile vê como imoralidade erro do Banco Mundial em ranking de competitividade
Santiago (Chile), 13 jan (EFE).- O governo do Chile classificou neste sábado como uma "imoralidade poucas vezes vista" o erro cometido pelo Banco Mundial em relação aos dados do país no ranking de competitividade empresarial "Doing Business", uma situação que prejudicou o governo da presidente do país, Michelle Bachelet.
Em declarações ao "The Wall Street Journal", o economista-chefe do Banco Mundial, Paul Romer, pediu desculpas ao Chile e sugeriu que o problema teve motivações políticas. O ranking mostra uma queda nos indicadores chilenos durante o segundo mandato de Bachelet, que afirmou, em mensagem no Twitter, que a manipulação é "preocupante".
"Muito preocupante o ocorrido com o ranking de competitividade do Banco Mundial. Além do impacto negativo na situação do Chile, a alteração prejudica a credibilidade de uma instituição que deve contar com a confiança da comunidade internacional", disse.
Mais tarde, em outra mensagem, Bachelet anunciou que pedirá uma investigação completa sobre o caso. "Dada a gravidade do ocorrido, como governo, pediremos formalmente ao Banco Mundial uma investigação completa", escreveu a presidente no Twitter.
"Os rankings feitos pelas instituições internacionais devem ser confiáveis, já que impactam sobre os investimentos e o desenvolvimento dos países", afirmou Bachelet.
Em comunicado, o ministro de Economia, Jorge Rodríguez Grossi, afirmou que o caso se trata de uma "imoralidade poucas vezes vista".
Segundo o "Journal", Romer admitiu irregularidades no ranking de competitividade empresarial, um dos principais relatórios econômicos do Banco Mundial. A metodologia teria sido trocada várias vezes para modificar os dados de vários países, entre eles o Chile.
Romer garantiu que corrigirá e recalculará o ranking. Na entrevista ao "Journal", ele afirma que a posição do Chile foi "especialmente volátil nos anos", uma variação "potencialmente contaminada por motivações políticas no Banco Mundial".
"Quero me desculpar pessoalmente com o Chile e com qualquer outro país que tenhamos transmitido uma impressão equivocada", disse Romer, que reconheceu sua responsabilidade nos problemas.
A posição do Chile no ranking caiu quando Bachelet estava na presidência. No entanto, o país subiu constantemente no ranking quando Sebastian Piñera estava no poder.
Grossi considerou as declarações de Romer "muito fracas e honradas", mas avaliou que elas revelam um "escândalo de grandes proporções". "O objetivo era mostrar uma deterioração econômica durante o governo de Bachelet, com intenções basicamente políticas", disse o ministro de Economia do Chile.
O ranking era elaborado pelo economista Augusto López-Claro, que é chileno e teria sido responsável pelas manipulações. Para Rodríguez, isso reforça a possibilidade de uma intenção política.
"Esperamos que a correção do ranking seja rápida, mas o dano já ocorreu. Esperamos que nunca mais manipulem estatísticas com objetivos políticos, principalmente em um órgão como o Banco Mundial", concluiu o ministro.
Em declarações ao "The Wall Street Journal", o economista-chefe do Banco Mundial, Paul Romer, pediu desculpas ao Chile e sugeriu que o problema teve motivações políticas. O ranking mostra uma queda nos indicadores chilenos durante o segundo mandato de Bachelet, que afirmou, em mensagem no Twitter, que a manipulação é "preocupante".
"Muito preocupante o ocorrido com o ranking de competitividade do Banco Mundial. Além do impacto negativo na situação do Chile, a alteração prejudica a credibilidade de uma instituição que deve contar com a confiança da comunidade internacional", disse.
Mais tarde, em outra mensagem, Bachelet anunciou que pedirá uma investigação completa sobre o caso. "Dada a gravidade do ocorrido, como governo, pediremos formalmente ao Banco Mundial uma investigação completa", escreveu a presidente no Twitter.
"Os rankings feitos pelas instituições internacionais devem ser confiáveis, já que impactam sobre os investimentos e o desenvolvimento dos países", afirmou Bachelet.
Em comunicado, o ministro de Economia, Jorge Rodríguez Grossi, afirmou que o caso se trata de uma "imoralidade poucas vezes vista".
Segundo o "Journal", Romer admitiu irregularidades no ranking de competitividade empresarial, um dos principais relatórios econômicos do Banco Mundial. A metodologia teria sido trocada várias vezes para modificar os dados de vários países, entre eles o Chile.
Romer garantiu que corrigirá e recalculará o ranking. Na entrevista ao "Journal", ele afirma que a posição do Chile foi "especialmente volátil nos anos", uma variação "potencialmente contaminada por motivações políticas no Banco Mundial".
"Quero me desculpar pessoalmente com o Chile e com qualquer outro país que tenhamos transmitido uma impressão equivocada", disse Romer, que reconheceu sua responsabilidade nos problemas.
A posição do Chile no ranking caiu quando Bachelet estava na presidência. No entanto, o país subiu constantemente no ranking quando Sebastian Piñera estava no poder.
Grossi considerou as declarações de Romer "muito fracas e honradas", mas avaliou que elas revelam um "escândalo de grandes proporções". "O objetivo era mostrar uma deterioração econômica durante o governo de Bachelet, com intenções basicamente políticas", disse o ministro de Economia do Chile.
O ranking era elaborado pelo economista Augusto López-Claro, que é chileno e teria sido responsável pelas manipulações. Para Rodríguez, isso reforça a possibilidade de uma intenção política.
"Esperamos que a correção do ranking seja rápida, mas o dano já ocorreu. Esperamos que nunca mais manipulem estatísticas com objetivos políticos, principalmente em um órgão como o Banco Mundial", concluiu o ministro.
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