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CCR aposta em novos negócios nos EUA e na América Latina em 2018

30/01/2018 14h24

São Paulo, 30 jan (EFE).- O grupo CCR, uma das maiores companhias de infraestrutura da América Latina, aposta em 2018 nas concessões à iniciativa privada de aeroportos regionais nos Estados Unidos e nas oportunidades de novos negócios no segmento de mobilidade urbana na região.

"Entendemos que no Brasil o maior negócio da CCR é a gestão e a administração de estradas, mas entendemos também que para enfrentar desafios no exterior, os aeroportos podem ser uma boa oportunidade", afirmou à Agência Efe Renato Vale, presidente do grupo.

Nesse sentido, completou Vale, os novos negócios permitirão "que a CCR siga se desenvolvendo com sustentabilidade e sucesso, atenta às oportunidades de infraestrutura em diferentes mercados e negócios".

Especificamente no setor aeroportuário, os Estados Unidos se transformam em um mercado atrativo para a CCR, enquanto países da América Latina como Colômbia, Chile, Argentina, México e Peru oferecem também um potencial para os novos negócios.

"Estes países têm uma economia estável e marcos reguladores definidos", reforçou Vale, que também reconheceu o "acompanhamento" por parte da companhia aos projetos do metrô nas capitais da Colômbia e do Peru.

O vencimento de concessões no Chile e na Argentina entre 2018 e 2023 abre também possibilidades de atuação nesses países na área de gestão viária, manifestou José Braz, presidente da divisão da CCR Rodovias BR.

O grupo iniciou em 1995 suas atividades na área de concessões viárias no Brasil e depois, com a captação de capital no mercado de ações em 2002, voltou os interesses para outros segmentos, como o de mobilidade urbana, com atuação no projeto da Linha 4 do metrô de São Paulo em 2006.

Posteriormente, o grupo se abriu a outros setores e em 2012 entrou no aeroportuário após vencer as licitações de três aeroportos fora do Brasil (Quito, San José, na Costa Rica, e Curaçao), apontou Ricardo Bisordi, presidente da divisão de Aeroportos.

"Esta divisão já começou internacionalizada e com isto desenvolvemos o nosso conhecimento na área aeroportuária", apontou o executivo, que destacou também a gestão desde 2013 do aeroporto de Confins.

Segundo Bisordi, "os Estados Unidos, apesar de ser um país obviamente desenvolvido, apresenta muitas oportunidades para a iniciativa privada para a área de transportes. Praticamente não existem concessões privadas" e por isso o grupo procura desenvolver projetos nesse país.

O primeiro passo da CCR para entrar nesse mercado foi a aquisição da TAS (Total Airport Services), uma companhia que realiza operações logísticas em solo e manejo de cargas nos aeroportos de Los Angeles, São Francisco, Atlanta e Chicago, entre outros.

Além disso, "a CCR é hoje a única operadora da América Latina que tem experiência de operações 'driverless', as que não têm motorista e são totalmente automáticas", como a Linha 4 do metrô de São Paulo, a mais moderna da América do Sul, comentou Leonardo Vianna, presidente da divisão de Mobilidade Urbana.

Nesse setor, citou Vianna, "estamos acompanhando e participando de uma maneira ativa das discussões na Colômbia, sobre o projeto do metrô de Bogotá", onde o Governo "está em uma fase de decisão sobre qual modelo será implantado" e que pode vir a ser semelhante ao da Linha 4 do metrô paulistano.

Em janeiro, a companhia celebrou a conquista das linhas 5 e 17 do metrô de São Paulo após uma licitação realizada pelo Governo do Estado e passou a ser a empresa privada líder na gestão de metrôs na maior cidade sul-americana.

Após liderar no Brasil os sistemas de transporte em massa 'VLT' (veículos leves sobre trilhos), como o iniciado no Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos de 2016, outro desafio para a CCR é a conclusão do trecho final do metrô de Salvador (Bahia).

O projeto será referência na infraestrutura de mobilidade urbana do país ao ser o primeiro que conectará passageiros entre o aeroporto e o centro da cidade.