América Latina precisa readaptar competências na era dos robôs, diz Accenture
Alba Santandreu
São Paulo, 13 mar (EFE).- A inteligência artificial passou a exigir uma readaptação das competências dos trabalhadores, especialmente na América Latina, onde cerca de 30% da mão de obra desempenha funções "rotineiras" e "repetitivas", segundo afirmou Alejandra Ferraro, líder de Recursos Humanos da Accenture na região.
"Na América Latina é fundamental o trabalho de geração de novas competências, o que será importante para a geração de novos empregos", analisou Ferraro, que estará presente no Fórum Econômico para a América Latina, encontro que começa nesta terça-feira em São Paulo.
Na era da quarta revolução industrial, a inteligência artificial não destruiu tantos empregos como se chegou a pensar, mas provocou uma "transformação" da força de trabalho.
De acordo com o relatório "Construindo as habilidades da América Latina na era da inteligência artificial", o trabalho rotineiro realizado por grande parte dos trabalhadores na região poderá ser substituído por computadores ou robôs, o que os motiva a "redesenhar" as suas habilidades.
"A inteligência artificial transforma e cria novos empregos. Há alguns anos o conceito de 'social media' não existia, mas com a inteligência artificial chegam novos papéis", comentou Ferraro.
Segundo a especialista, a "geração" das novas competências e a adaptação dos empregados aos novos postos de trabalho serão importantes na América Latina, onde 31,6% das empresas enfrentam dificuldades ao encontrar trabalhadores qualificados.
A porcentagem é, no entanto, significativamente superior aos 21,2% da média global, segundo um relatório da World Bank Enterprise Surveys.
"A inteligência artificial não pode ser vista como algo a ser temido, e sim como um enorme aliado do aumento do crescimento", disse a líder de Recursos Humanos da Accenture.
Segundo o estudo, a inteligência artificial pode aumentar os níveis de crescimento da América do Sul em até 1% em 2035, mas também pode oferecer "benefícios não econômicos, como um transporte urbano mais limpo e rápido ou um maior acesso à saúde, à educação e aos serviços de lazer através de aplicativos móveis".
Nesse contexto, o principal desafio da América Latina é "trabalhar de forma conjunta" e "criar sinergias no mercado" entre os diferentes grupos de interesse para alcançar a transformação de "forma mais rápida" e em "maior escala".
Accenture sugere algumas ações para uma transformação digital responsável, entre elas a avaliação das tendências econômico-sociais que permitirão a criação de novos trabalhos na América Latina nos próximos anos e o uso de novos métodos de ensino, que inclui o desenvolvimento das tecnologias.
"Se começarmos esse trabalho agora, podemos assegurar que a América Latina se beneficiará da era da inteligência artificial", conclui o estudo.
Descobrir as oportunidades oferecidas pelas novas tecnologias para o benefício social e econômico da região será um dos temas centrais do Fórum Econômico Mundial para a América Latina, que reunirá 750 líderes de hoje até a quinta-feira.
São Paulo, 13 mar (EFE).- A inteligência artificial passou a exigir uma readaptação das competências dos trabalhadores, especialmente na América Latina, onde cerca de 30% da mão de obra desempenha funções "rotineiras" e "repetitivas", segundo afirmou Alejandra Ferraro, líder de Recursos Humanos da Accenture na região.
"Na América Latina é fundamental o trabalho de geração de novas competências, o que será importante para a geração de novos empregos", analisou Ferraro, que estará presente no Fórum Econômico para a América Latina, encontro que começa nesta terça-feira em São Paulo.
Na era da quarta revolução industrial, a inteligência artificial não destruiu tantos empregos como se chegou a pensar, mas provocou uma "transformação" da força de trabalho.
De acordo com o relatório "Construindo as habilidades da América Latina na era da inteligência artificial", o trabalho rotineiro realizado por grande parte dos trabalhadores na região poderá ser substituído por computadores ou robôs, o que os motiva a "redesenhar" as suas habilidades.
"A inteligência artificial transforma e cria novos empregos. Há alguns anos o conceito de 'social media' não existia, mas com a inteligência artificial chegam novos papéis", comentou Ferraro.
Segundo a especialista, a "geração" das novas competências e a adaptação dos empregados aos novos postos de trabalho serão importantes na América Latina, onde 31,6% das empresas enfrentam dificuldades ao encontrar trabalhadores qualificados.
A porcentagem é, no entanto, significativamente superior aos 21,2% da média global, segundo um relatório da World Bank Enterprise Surveys.
"A inteligência artificial não pode ser vista como algo a ser temido, e sim como um enorme aliado do aumento do crescimento", disse a líder de Recursos Humanos da Accenture.
Segundo o estudo, a inteligência artificial pode aumentar os níveis de crescimento da América do Sul em até 1% em 2035, mas também pode oferecer "benefícios não econômicos, como um transporte urbano mais limpo e rápido ou um maior acesso à saúde, à educação e aos serviços de lazer através de aplicativos móveis".
Nesse contexto, o principal desafio da América Latina é "trabalhar de forma conjunta" e "criar sinergias no mercado" entre os diferentes grupos de interesse para alcançar a transformação de "forma mais rápida" e em "maior escala".
Accenture sugere algumas ações para uma transformação digital responsável, entre elas a avaliação das tendências econômico-sociais que permitirão a criação de novos trabalhos na América Latina nos próximos anos e o uso de novos métodos de ensino, que inclui o desenvolvimento das tecnologias.
"Se começarmos esse trabalho agora, podemos assegurar que a América Latina se beneficiará da era da inteligência artificial", conclui o estudo.
Descobrir as oportunidades oferecidas pelas novas tecnologias para o benefício social e econômico da região será um dos temas centrais do Fórum Econômico Mundial para a América Latina, que reunirá 750 líderes de hoje até a quinta-feira.
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