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"Sociedade civil não tolera mais corrupção", afirma diretora do Fórum Mundial

13/03/2018 20h28

São Paulo, 13 mar (EFE).- "A sociedade civil não tolera mais a corrupção", um assunto que deixou de ser "tabu" na América Latina, segundo destacou nesta terça-feira Marisol Argueta de Barillas, diretora do Fórum Econômico Mundial para a região, que começa hoje em São Paulo.

Argueta ressaltou na abertura do fórum a importância da "cooperação internacional" em matéria de corrupção e instou a América Latina a buscar novos modelos para lutar contra uma praga que se faz presente em grande parte da região.

"Há muitos modelos importantes que podem ser seguidos para continuar esta luta contra a corrupção na América Latina", afirmou Argueta, durante a entrevista coletiva do Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês), na qual esteve acompanhada pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o prefeito da cidade, João Doria.

Nesse sentido, citou um "tratado hemisférico" da Organização dos Estados Americanos (OEA) e a "legislação americana que também castiga o empresário que fora das suas fronteiras é considerado culpado de atos de corrupção".

A "ruptura do ciclo da corrupção" será um dos aspectos abordados durante a edição latino-americana do Fórum Econômico, que entre hoje e até quinta-feira reunirá mais de 750 líderes na capital paulista.

Segundo Argueta, durante o fórum também serão abordados os caminhos que a América Latina pode tomar para construir uma "agenda de valores", na qual se possa incorporar a tecnologia e a inovação como "catalisador de uma mudança que pode gerar benefícios para a população".

"Parte da agenda tratará sobre como podemos na América Latina cimentar uma agenda de valores, para que possamos afastar-nos da polarização dogmática que não permitiu que a América Latina avance", ressaltou a diretora.

A 13ª edição do Fórum Econômico para América Latina iniciará amanhã a rodada de debates e ao longo de três dias reunirá ministros de nove países, assim como o presidente Michel Temer.

Argueta destacou que a edição deste ano terá a participação mais alta de mulheres de todas as realizadas até o momento na América Latina e reunirá 50 empresas emergentes de vários países da região, entre eles o Brasil.