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Acordo UE-Mercosul é estratégia contra protecionismo, diz chanceler paraguaio

19/03/2018 15h15

Assunção, 19 mar (EFE).- O ministro de Relações Exteriores do Paraguai, Eladio Loizaga, disse nesta segunda-feira que o acordo de livre comércio negociado entre o Mercosul e a União Europeia (UE) ganha relevância estratégia contra o "renascimento do protecionismo" no comércio internacional.

Em discurso em um seminário em Assunção, Loizaga disse que as negociações entre os dois blocos são um exemplo de que o mundo tende para o comércio multilateral com "normas e regras previsíveis".

"É um renascimento que pensávamos que estava superado, mas que estamos vivendo. E precisamos que os blocos muito importantes, como a União Europeia e o Mercosul, possam concluir esse acordo de livre comércio para transmitir a esses atores que buscam o protecionismo que o mundo tende para o multilateralismo", afirmou Loizaga.

O chanceler do Paraguai, que atualmente está na presidência temporária do Mercosul, explicou que as relações externas do bloco com o resto do mundo é um tema fundamental para os quatro países-membros (Paraguai, Argentina, Brasil e um Uruguai).

"Um tema prioritário para a presidência pró-tempore (do Paraguai) e para os membros do Mercosul foi e é promover a busca por mercados alternativos", indicou Loizaga.

Segundo o chefe da diplomacia paraguaia, uma prova dessa política são as negociações com a UE, que já duram mais de 19 anos e agora estão em sua etapa final. Loizaga afirmou que na última rodada de diálogo, em Assunção, as duas partes resolveram divergências sobre os temas mais sensíveis que ainda estavam pendentes.

Para Loizaga, com o atual ritmo de evolução das conversas, um acordo final entre Mercosul e UE pode ser anunciado até abril.