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Bruxelas ainda contempla medidas para proteger seu mercado de aço

26/03/2018 09h23

Bruxelas, 26 mar (EFE).- A Comissão Europeia (CE) disse nesta segunda-feira que não descarta aplicar medidas para proteger seu mercado de aço após a entrada em vigor das novas tarifas dos Estados Unidos, e abriu uma investigação para vigiar as importações de tais produtos.

Trata-se de um procedimento previsto pelo Executivo comunitário durante a preparação de sua resposta às tarifas às importações de aço e alumínio impostas pelos Estados Unidos e que entraram em vigor na sexta-feira.

Seu objetivo é vigiar 27 categorias de produtos de aço que, devido a estas restrições comerciais, poderiam entrar no mercado europeu apesar de inicialmente estarem destinados ao país americano, explicou a Comissão Europeia em comunicado.

A investigação "cobre produtos de qualquer origem e a sua abertura não prejulga o resultado da mesma", afirmou Bruxelas.

O procedimento se estenderá por nove meses e pode resultar "na imposição de tarifas ou cotas que protegeriam os produtores europeus de importações excessivas, se for necessário".

"Se as medidas provisórias forem necessárias, podem ser adotadas em um curto período de tempo", acrescenta o comunicado.

O sistema europeu de vigilância de importações de aço recolheu "provas" de que as importações de certos produtos de aço aumentaram, uma tendência que "poderia ser mais forte" após a entrada em vigor na sexta-feira das tarifas americanas, das quais a UE ficou temporariamente isenta.

Isto poderia "distorcer o mercado e os preços", acrescentou a CE.

Esta medida está recolhida entre as ferramentas de defesa comercial que a Organização Mundial do Comércio (OMC) permite adotar.

Após conseguir a isenção temporária das tarifas sobre o aço e o alumínio no final da semana passada, a CE trata agora de conseguir uma permanente, pela qual manterá contatos de alto nível com o Governo americano até 1 de maio.

Durante a entrevista coletiva diária da instituição, o porta-voz comunitário de Comércio, Daniel Rosario, disse que o "principal" problema é o excesso de capacidade neste mercado, e que "a UE e os EUA compartilham um interesse comum em abordar este assunto".

"Esperamos, certamente, que a isenção seja permanente. Se um de nossos parceiros comerciais tem qualquer problema, que debata conosco", disse.