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EUA imporão tarifas de 25% a produtos chineses com tecnologia industrial

29/05/2018 11h35

Washington, 29 mai (EFE).- O Governo americano imporá tarifas de 25% a determinados produtos chineses com "tecnologia industrial significativa" como parte de suas ações para combater o roubo de propriedade intelectual do qual Pequim é acusado, indicou nesta terça-feira a Casa Branca.

"Para proteger nossa segurança nacional, os EUA implementarão restrições específicas de investimento e controles reforçados de exportações para pessoas e entidades chinesas relacionadas com a aquisição de tecnologia industrial significativa", apontou a nota da Casa Branca.

Concretamente, o governo do presidente Donald Trump anunciou que imporá uma tarifa de 25%, por um valor de US$ 50 bilhões, às importações chinesas que contenham tecnologia industrial que Washington considera que violam a legislação de propriedade intelectual.

A medida, à qual somarão outras similares, começará a ser aplicada a partir de 30 de junho.

"Os EUA seguirão com seus esforços para proteger a tecnologia doméstica e a propriedade intelectual, deter as transferências não econômicas de tecnologia industrial significativa e propriedade intelectual à China, e assegurar o acesso ao mercado chinês", acrescentou o comunicado.

O anúncio foi feito dez dias depois que o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, apontou que a guerra comercial com Pequim estava "suspensa" após uma série de conversas em Washington com uma delegação de alto nível da China liderada por Liu He, principal assessor econômico do presidente Xi Jinping.

Durante o final de semana, está previsto que o secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, viaje a Pequim com o objetivo de diminuir as tensões com o gigante asiático.

Trump, no entanto, afirmou na semana passada não estar "satisfeito" com a negociação comercial com a China.

"Quero que seja um grande acordo para os EUA e que seja um bom acordo para a China também. Pode ser que não seja possível", acrescentou, ao insistir que o valor do déficit comercial com Pequim de US$ 500 bilhões anuais é a prova de que o comércio é injusto e desvantajoso para Washington.

OS EUA exigiram que Pequim reduza em US$ 200 bilhões este desequilíbrio, se não quiser ser alvo de mais sanções comerciais.