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Whatsapp promete atuar contra notícias falsas após linchamentos na Índia

04/07/2018 11h50

Nova Délhi, 4 jul (EFE).- O aplicativo de mensagens instantâneas Whatsapp prometeu ao Governo indiano uma atuação "rápida" contra a divulgação de notícias falsas que, nos últimos meses, causaram uma série de linchamentos na Índia.

"Como o Governo indiano, estamos horrorizados por estes terríveis atos de violência e queremos responder rapidamente aos problemas tão importantes", disse a companhia em carta enviada ao Executivo e divulgada nesta quarta-feira por imprensa indiana.

A empresa americana respondia com esta carta à chamada de atenção lançada ontem pelo Ministério de Eletrônica indiano, que pediu as "medidas corretivas necessárias para evitar a proliferação destas mensagens falsas".

O ministro de Eletrônica indiano, Ravi Shankar Prasad, agradeceu hoje em entrevista coletiva em Delhi a "rápida resposta" do Whatsapp e acrescentou que espera que a companhia coloque "em breve" em andamento alguns dos mecanismos de controle anunciados.

O Whatsapp, propriedade da rede social Facebook, prometeu que para resolver os "rumores" testa uma nova ferramenta que permite ressaltar uma mensagem quando esta foi diretamente reenviada e não escrita pelo usuário.

A companhia de mensagem, que diz se preocupar "profundamente" pela segurança de seus clientes, também revelou um novo projeto com investidores indianos para "aprender mais sobre a propagação de desinformação".

As notícias falsas e a desinformação "são assuntos que são melhor enfrentados de maneira coletiva: com o Governo, a sociedade civil e as companhias tecnológicas trabalhando juntas", ressaltou o Whatsapp.

No domingo, uma multidão linchou cinco homens no estado de Maharasthra, no oeste da Índia, porque havia um rumor de que um grupo de sequestradores tinha comparecido a um povoado para raptar crianças.

Depois, foi comprovado que se tratavam de pessoas sem recursos de uma cidade vizinha que tinham ido pedir esmolas.

Este caso se une a vários outros ocorridos durante os últimos meses em diversos pontos do país asiático, como na semana passada em Tripura (nordeste), onde três pessoas foram linchadas em incidentes separados, entre elas um trabalhador contratado pelo Governo precisamente para conscientizar contra os rumores.