UE e Mercosul se reúnem entre acusações de falta de compromisso para acordo
Bruxelas, 9 jul (EFE).- A União Europeia e o Mercosul iniciam nesta segunda-feira em Bruxelas uma nova rodada de negociações para chegar a um acordo comercial, após semanas nas quais ambos blocos advertiram sobre falta de compromisso e flexibilidade para fechar um tratado que já é negociado há quase duas décadas.
A rodada de negociações, que se prolongará previsivelmente até sexta-feira, reúne os chefes negociadores e equipes de especialistas de ambos blocos para buscar um consenso nos assuntos nos quais ainda não alcançaram um acordo.
Os capítulos mais espinhosos continuam sendo o setor automotivo, as peças de automoção, as indicações geográficas, o transporte marítimo e os produtos lácteos, todos eles assuntos que devem ser resolvidos antes de dar o "salto" ao nível político nas negociações.
A mudança das conversas para um tom mais político ao invés de técnico, com comissários europeus e chanceleres ao invés de negociadores, não garante um resultado positivo, mas trata-se de um passo necessário antes de chegar a um acordo político no pacto.
Os últimos contatos entre o bloco europeu e o Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) tinham sido uma discussão em nível técnico em meados de maio e uma rodada de negociação que foi realizada entre 4 e 8 de junho em Montevidéu (Uruguai).
No entanto, os últimos encontros foram marcados pelas declarações prévias de porta-vozes comunitários e chanceleres do Mercosul, que advertiram mutuamente sobre a falta de compromisso e de flexibilidade em suas ofertas, o que limita as possibilidades de um consenso.
A Comissão Europeia tinha avisado em meados de junho, através de seu porta-voz de Comércio, Daniel Rosario, que o Mercosul ainda tem "trabalho por fazer" em vários capítulos em relação com a conclusão do tratado, e quase duas semanas antes, pediu que faça um "esforço considerável" em relação à rodada de Montevidéu.
Fontes comunitárias reiteraram hoje à Agência Efe que ainda é prematuro prever que os representantes políticos de ambas as partes se reunirão para progredir ao nível político e advertiram que "qualquer passagem das negociações ao nível político dependerá dos progressos alcançados" na rodada que começa hoje.
O chanceler paraguaio, Eladio Loizaga, tinha anunciado que se reuniria, junto a seus três colegas do Mercosul, com a comissária europeia de Comércio, Cecilia Malmström, e com o comissário de Agricultura, Phil Hogan, em 18 de julho em Bruxelas, mas fontes comunitárias disseram hoje à Efe que este encontro ainda não está confirmado.
Os chanceleres estarão na capital comunitária para participar entre 16 e 17 de julho de um encontro entre a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a UE.
Também o bloco latino-americano, através do próprio Loizaga, entre outros, chamou repetidamente a UE a "mostrar uma flexibilidade".
"Não pode ser que depois de 20 anos, não possamos chegar a um acordo, mas não queiram colocar toda culpa no Mercosul, a UE também tem sua responsabilidade", disse o chanceler.
A fase final do acordo com o Mercosul, que negocia um acordo de associação desde o ano 2000, mas que avançou a um ritmo maior desde 2016 até agora, chega em um contexto de tensões comerciais dos Estados Unidos com o resto dos seus parceiros pelas tarifas impostas ao aço e ao alumínio.
A rodada de negociações, que se prolongará previsivelmente até sexta-feira, reúne os chefes negociadores e equipes de especialistas de ambos blocos para buscar um consenso nos assuntos nos quais ainda não alcançaram um acordo.
Os capítulos mais espinhosos continuam sendo o setor automotivo, as peças de automoção, as indicações geográficas, o transporte marítimo e os produtos lácteos, todos eles assuntos que devem ser resolvidos antes de dar o "salto" ao nível político nas negociações.
A mudança das conversas para um tom mais político ao invés de técnico, com comissários europeus e chanceleres ao invés de negociadores, não garante um resultado positivo, mas trata-se de um passo necessário antes de chegar a um acordo político no pacto.
Os últimos contatos entre o bloco europeu e o Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) tinham sido uma discussão em nível técnico em meados de maio e uma rodada de negociação que foi realizada entre 4 e 8 de junho em Montevidéu (Uruguai).
No entanto, os últimos encontros foram marcados pelas declarações prévias de porta-vozes comunitários e chanceleres do Mercosul, que advertiram mutuamente sobre a falta de compromisso e de flexibilidade em suas ofertas, o que limita as possibilidades de um consenso.
A Comissão Europeia tinha avisado em meados de junho, através de seu porta-voz de Comércio, Daniel Rosario, que o Mercosul ainda tem "trabalho por fazer" em vários capítulos em relação com a conclusão do tratado, e quase duas semanas antes, pediu que faça um "esforço considerável" em relação à rodada de Montevidéu.
Fontes comunitárias reiteraram hoje à Agência Efe que ainda é prematuro prever que os representantes políticos de ambas as partes se reunirão para progredir ao nível político e advertiram que "qualquer passagem das negociações ao nível político dependerá dos progressos alcançados" na rodada que começa hoje.
O chanceler paraguaio, Eladio Loizaga, tinha anunciado que se reuniria, junto a seus três colegas do Mercosul, com a comissária europeia de Comércio, Cecilia Malmström, e com o comissário de Agricultura, Phil Hogan, em 18 de julho em Bruxelas, mas fontes comunitárias disseram hoje à Efe que este encontro ainda não está confirmado.
Os chanceleres estarão na capital comunitária para participar entre 16 e 17 de julho de um encontro entre a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a UE.
Também o bloco latino-americano, através do próprio Loizaga, entre outros, chamou repetidamente a UE a "mostrar uma flexibilidade".
"Não pode ser que depois de 20 anos, não possamos chegar a um acordo, mas não queiram colocar toda culpa no Mercosul, a UE também tem sua responsabilidade", disse o chanceler.
A fase final do acordo com o Mercosul, que negocia um acordo de associação desde o ano 2000, mas que avançou a um ritmo maior desde 2016 até agora, chega em um contexto de tensões comerciais dos Estados Unidos com o resto dos seus parceiros pelas tarifas impostas ao aço e ao alumínio.
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