Díaz-Canel pede economia estatal em Cuba para alavancar crescimento do país
Havana, 22 jul (EFE).- O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, anunciou neste domingo que a economia do país registrou um crescimento "discreto" de 1,1% no primeiro semestre deste ano e pediu ao setor estatal para suprimir qualquer desperdício.
"A economia fecha o primeiro semestre com um discreto 1,1%, mas que não por ser discreto deixa de ser encorajador, no meio de tantos fatores adversos", disse Díaz-Canel em discurso em rede nacional de televisão após o fim da primeira sessão da Assembleia Nacional.
Substituto de Raúl Castro no poder, Díaz-Canel citou entre esses fatores a "tensa situação" nas finanças externas cubanas, especialmente porque o país não conseguiu cumprir o orçamento previsto nas exportações, no turismo e na produção de açúcar. Além disso, os efeitos do furacão Irma ainda impactam no país.
"Tal conjuntura nos obriga a adotar no segundo semestre medidas adicionais de controle para trabalhar com mais precisão as decisões em matérias de importações e outras despesas em moeda estrangeira", explicou o presidente cubano no discurso.
Díaz-Canel também pediu o "uso mais eficiente dos recursos disponíveis" e que mais esforços para que no segundo semestre o governo consiga cumprir os objetivos estabelecidos, especialmente os relacionados à prestação de serviços básicos à população.
"Esta atitude deve se transformar em regra de conduta dos servidores do governo em todos os âmbitos, e em primeiro lugar por aqueles que integram o Conselho de Ministros", indicou.
O presidente fez ontem mudanças no governo. O ministro de Economia e Planejamento, o veterano Ricardo Cabrisas, deu lugar a Alejandro Gil Fernández, um político praticamente desconhecido, mas com um perfil mais técnico que seu antecessor.
A reunião ordinária da Assembleia Nacional também aprovou o anteprojeto da nova Constituição cubana, que será submetida a uma consulta popular antes de ser colocada em vigor.
As reformas econômicas são o pilar da nova Carta Magna, que reconhecerá o direito à propriedade privada, excluirá o termo comunismo e aceitará investimentos estrangeiros no país.
Além dos fatores citados por Díaz-Canel, a economia cubana passa por um momento complicado devido à crise na Venezuela, principal parceiro econômico do país, que reduziu drasticamente o envio de petróleo subsidiado para Havana.
As autoridades cubanas reconheceram que precisam de US$ 2,5 bilhões por ano em investimento estrangeiro para garantir o desenvolvimento da economia nacional. Em 2016, o país registrou a primeira recessão em duas décadas, um recuo de 0,9%, mas se recuperou no ano passado, com alta de 1,6%.
Para 2018, o governo cubano prevê um crescimento de 2%. Já a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) projeta uma alta de 1% para a economia do país neste ano.
"A economia fecha o primeiro semestre com um discreto 1,1%, mas que não por ser discreto deixa de ser encorajador, no meio de tantos fatores adversos", disse Díaz-Canel em discurso em rede nacional de televisão após o fim da primeira sessão da Assembleia Nacional.
Substituto de Raúl Castro no poder, Díaz-Canel citou entre esses fatores a "tensa situação" nas finanças externas cubanas, especialmente porque o país não conseguiu cumprir o orçamento previsto nas exportações, no turismo e na produção de açúcar. Além disso, os efeitos do furacão Irma ainda impactam no país.
"Tal conjuntura nos obriga a adotar no segundo semestre medidas adicionais de controle para trabalhar com mais precisão as decisões em matérias de importações e outras despesas em moeda estrangeira", explicou o presidente cubano no discurso.
Díaz-Canel também pediu o "uso mais eficiente dos recursos disponíveis" e que mais esforços para que no segundo semestre o governo consiga cumprir os objetivos estabelecidos, especialmente os relacionados à prestação de serviços básicos à população.
"Esta atitude deve se transformar em regra de conduta dos servidores do governo em todos os âmbitos, e em primeiro lugar por aqueles que integram o Conselho de Ministros", indicou.
O presidente fez ontem mudanças no governo. O ministro de Economia e Planejamento, o veterano Ricardo Cabrisas, deu lugar a Alejandro Gil Fernández, um político praticamente desconhecido, mas com um perfil mais técnico que seu antecessor.
A reunião ordinária da Assembleia Nacional também aprovou o anteprojeto da nova Constituição cubana, que será submetida a uma consulta popular antes de ser colocada em vigor.
As reformas econômicas são o pilar da nova Carta Magna, que reconhecerá o direito à propriedade privada, excluirá o termo comunismo e aceitará investimentos estrangeiros no país.
Além dos fatores citados por Díaz-Canel, a economia cubana passa por um momento complicado devido à crise na Venezuela, principal parceiro econômico do país, que reduziu drasticamente o envio de petróleo subsidiado para Havana.
As autoridades cubanas reconheceram que precisam de US$ 2,5 bilhões por ano em investimento estrangeiro para garantir o desenvolvimento da economia nacional. Em 2016, o país registrou a primeira recessão em duas décadas, um recuo de 0,9%, mas se recuperou no ano passado, com alta de 1,6%.
Para 2018, o governo cubano prevê um crescimento de 2%. Já a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) projeta uma alta de 1% para a economia do país neste ano.
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