Chile limita permanência de turistas na Ilha de Páscoa

Santiago (Chile), 1 ago (EFE).- Turistas que decidirem visitar a Ilha de Páscoa, no Chile, a partir desta quarta-feira, poderão permanecer na região por apenas 30 dias.

As restrições foram anunciadas pelo presidente do Chile, Sebastián Piñera, após uma nova lei entrar em vigor no país.

Piñera recebeu no aeroporto internacional Mataveri os primeiros turistas que visitam a ilha sob a nova legislação, aprovada em março. O projeto regula a residência e a permanência na ilha de chilenos não pertencentes à etnia rapa nui e estrangeiros.

"O que decidimos fazer é muito simples: regular o número de turistas que chegam, de moradores que ficam, para que isso seja consistente com o que chamamos de 'carga demográfica', ou seja, o que a ilha é capaz de suportar e resistir", disse Piñera.

Para a conservação do território insulano, um conselho foi criado para administrar a região e aplicar a nova legislação.

"O conselho tem uma tarefa muito difícil, que é conseguir um justo equilíbrio entre atrair os turistas e cuidar da ilha, de sua história, arqueologia e lendas", explicou o presidente chileno.

"No censo de 2002 registramos que havia na ilha 3.791 habitantes. Quinze anos depois, a população era de 7.750 pessoas. Ou seja, praticamente isso duplicou. Temos que estar atentos para que o crescimento permita que a ilha continue respirando", completou.

Segundo o presidente chileno, apenas em 2017, a Ilha de Páscoa foi visitada por 120 mil turistas.