Nova York incentiva outras cidades a seguir exemplo na regulação da Uber
Nova York, 9 ago (EFE).- O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, quer incentivar outras cidades do mundo a regular a atuação de motoristas de aplicativos de transporte, seguindo a legislação aprovada ontem que limitará as licenças de empresas como a Uber.
"Espero que o progresso de hoje seja sentido no mundo todo. As cidades devem tomar o poder e não permitir que as corporações multinacionais façam coisas que prejudiquem os cidadãos", disse De Blasio em um evento com um grupo de taxistas.
O prefeito afirmou que, ao "bater de frente" com os aplicativos que provocaram grandes mudanças nos sistemas de transporte urbano, as cidades estão se aliando e aprendendo umas com as outras.
"Já vimos esforços extraordinários quando algumas delas disseram não a empresas que queriam ditar o que deveria ser feito", afirmou.
De Blasio assinará na próxima terça-feira um pacote de regulação aprovado pela Câmara Municipal. Será suspensa por um ano a emissão de novas licenças para motoristas de aplicativo na cidade, exceto se os veículos forem adaptados para cadeiras de rodas.
O período será usado para que a cidade elabore um estudo sobre o impacto de novas empresas e trabalhadores no setor.
Uma das medidas que foi bastante apoiada entre os motoristas, sejam eles de táxis ou de aplicativos, é a que pressiona a Comissão de Táxis e Limusines a adotar uma regra de pagamento mínimo. A norma pode elevar os pagamentos recebidos por eles em até 20%.
Nova York está tentando resolver o tráfego nas ruas da cidade mais populosa dos EUA e também a de maior importância para o Uber, uma das empresas que contribui para a entrada de 2 mil novos motoristas por mês no serviço de transporte nova-iorquino.
"Mas não se trata só do problema de congestionamentos, as pessoas estão sofrendo", explicou o vereador Corey Johnson, citando os seis motoristas que suicidaram nos últimos sete meses devido, em parte, às dificuldades econômicas que a concorrência provocou no setor.
Há três anos, Johnson votou contra a primeira tentativa de Nova York de regular a atuação dos aplicativos na cidade, mas agora virou o principal defensor da medida descrita por ele como uma "solução de bom senso baseada em dados".
"Todos os que usamos a Uber e outros aplicativos temos que reconhecer que nem tudo é conveniência, mas há também as questões de justiça e igualdade", defendeu o vereador.
Outro dos argumentos para a mudança é que 40% dos veículos dos aplicativos circulam sem passageiros, o que eleva os custos dos motoristas e prejudica o meio ambiente. Apesar disso, os vereadores de Nova York se comprometeram a manter os pontos positivos da entrada dessas empresas no serviço, como a disponibilidade de transporte em áreas fora de Manhattan.
Esse foi o argumento utilizado pela Uber em uma agressiva campanha de publicidade, na qual pedia que as autoridades não "abandonassem" os moradores de áreas mais pobres ou os membros de minorias, que teriam que recorrer ao deficiente transporte público por problemas enfrentados nos táxis, como o racismo.
A Câmara Municipal de Nova York esclareceu que não vai reduzir o número de licenças, mas fazer uma pausa nas emissões enquanto coleta dados para construir um sistema melhor e para saber lidar com os 130 mil motoristas de aplicativos que passaram a atuar na cidade.
Sobre o futuro, Johnson indicou que pretende criar um fundo de saúde para os taxistas, combater as companhias que querem predar o mercado e elaborar uma regra para ampliar a ocupação dos veículos em parceria com as empresas e os taxistas.
"Espero que o progresso de hoje seja sentido no mundo todo. As cidades devem tomar o poder e não permitir que as corporações multinacionais façam coisas que prejudiquem os cidadãos", disse De Blasio em um evento com um grupo de taxistas.
O prefeito afirmou que, ao "bater de frente" com os aplicativos que provocaram grandes mudanças nos sistemas de transporte urbano, as cidades estão se aliando e aprendendo umas com as outras.
"Já vimos esforços extraordinários quando algumas delas disseram não a empresas que queriam ditar o que deveria ser feito", afirmou.
De Blasio assinará na próxima terça-feira um pacote de regulação aprovado pela Câmara Municipal. Será suspensa por um ano a emissão de novas licenças para motoristas de aplicativo na cidade, exceto se os veículos forem adaptados para cadeiras de rodas.
O período será usado para que a cidade elabore um estudo sobre o impacto de novas empresas e trabalhadores no setor.
Uma das medidas que foi bastante apoiada entre os motoristas, sejam eles de táxis ou de aplicativos, é a que pressiona a Comissão de Táxis e Limusines a adotar uma regra de pagamento mínimo. A norma pode elevar os pagamentos recebidos por eles em até 20%.
Nova York está tentando resolver o tráfego nas ruas da cidade mais populosa dos EUA e também a de maior importância para o Uber, uma das empresas que contribui para a entrada de 2 mil novos motoristas por mês no serviço de transporte nova-iorquino.
"Mas não se trata só do problema de congestionamentos, as pessoas estão sofrendo", explicou o vereador Corey Johnson, citando os seis motoristas que suicidaram nos últimos sete meses devido, em parte, às dificuldades econômicas que a concorrência provocou no setor.
Há três anos, Johnson votou contra a primeira tentativa de Nova York de regular a atuação dos aplicativos na cidade, mas agora virou o principal defensor da medida descrita por ele como uma "solução de bom senso baseada em dados".
"Todos os que usamos a Uber e outros aplicativos temos que reconhecer que nem tudo é conveniência, mas há também as questões de justiça e igualdade", defendeu o vereador.
Outro dos argumentos para a mudança é que 40% dos veículos dos aplicativos circulam sem passageiros, o que eleva os custos dos motoristas e prejudica o meio ambiente. Apesar disso, os vereadores de Nova York se comprometeram a manter os pontos positivos da entrada dessas empresas no serviço, como a disponibilidade de transporte em áreas fora de Manhattan.
Esse foi o argumento utilizado pela Uber em uma agressiva campanha de publicidade, na qual pedia que as autoridades não "abandonassem" os moradores de áreas mais pobres ou os membros de minorias, que teriam que recorrer ao deficiente transporte público por problemas enfrentados nos táxis, como o racismo.
A Câmara Municipal de Nova York esclareceu que não vai reduzir o número de licenças, mas fazer uma pausa nas emissões enquanto coleta dados para construir um sistema melhor e para saber lidar com os 130 mil motoristas de aplicativos que passaram a atuar na cidade.
Sobre o futuro, Johnson indicou que pretende criar um fundo de saúde para os taxistas, combater as companhias que querem predar o mercado e elaborar uma regra para ampliar a ocupação dos veículos em parceria com as empresas e os taxistas.
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