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China e Brasil lideram desenvolvimento global do entorno empresarial, diz BM

31/10/2018 14h30

Alex Segura Lozano.

Washington, 31 out (EFE).- China e Brasil estão entre os países que mais melhoraram o entorno empresarial no último ano, segundo a classificação anual do relatório "Doing Business 2019" ("Fazendo Negócios 2019") do Banco Mundial (BM), divulgado nesta quarta-feira e que avalia reformas para favorecer o clima das companhias.

A análise de competitividade do BM, uma das mais influentes da organização internacional, destaca que a China aprovou 13 medidas nos últimos 12 meses para facilitar a implementação de empresas.

Portanto, a economia chinesa, que ocupava a posição número 74 no ranking anterior, avançou ao posto 46 nesta edição.

No último ano, a China lançou um sistema na rede para registrar as novas empresas e melhorou o acesso à inscrição à seguridade social.

Por outro lado, o Banco Mundial ressaltou que o Brasil simplificou as exigências para a criação de empresas ao introduzir sistemas on-line para a inscrição de companhias, a obtenção de licenças e as notificações de emprego.

Graças a estas reformas, o tempo usado para abrir uma empresa no país se reduziu de 82 a 20 dias; um salto que situou o Brasil como o país que mais melhorou na América Latina entre 2 de junho de 2017 e 1º de maio de 2018.

Além destas medidas, o Brasil favoreceu o acesso ao crédito e ao comércio além da fronteira, dois pontos que ajudaram a melhorar o clima empresarial do país e que o situaram na posição 109 em nível mundial, 14 acima da classificação do ano passado.

Como em ocasiões anteriores, o ranking segue sendo liderado por Nova Zelândia, Singapura, Dinamarca, Hong Kong e Coreia do Sul, como as economias com melhor clima empresarial.

Apesar de os cinco primeiros postos não terem mudado com relação à classificação anterior, os Estados Unidos caíram duas posições até a oitava e foram superados por Geórgia e Noruega.

Reino Unido e Macedônia completaram os dez primeiros postos da tabela do BM, desbancando a Suécia desse grupo.

Os dados do relatório se baseiam nas regulamentações aplicáveis às pequenas e médias empresas locais em 11 áreas de seu ciclo de vida, entre as quais estão a abertura de um negócio, a obtenção de eletricidade, o registro de propriedades, a conquista de crédito e a proteção de investidores.

Nos últimos anos, além disso, foram acrescentados indicadores de gênero, que mostram que em 36 países existem determinadas restrições para as mulheres empresárias, entre elas limitações para possuir ou transferir propriedades.

O relatório "Doing Business 2018" ("Fazendo negócios 2018"), um dos mais influente da organização internacional, detectou 314 reformas no mundo todo para favorecer o ambiente de negócios, a maioria para reduzir os custos e complexidade de criar uma empresa, um número recorde desde o início desta análise.

Neste sentido, os analistas do Banco Mundial determinaram que Afeganistão, Djibuti, China, Azerbaijão e Índia, entre outros, foram os países com uma melhoria mais notável no ambiente empresarial entre 2 de junho de 2017 e 1º de maio de 2018.

Por regiões, a África Subsaariana voltou a se situar como a que mais medidas tomou para regenerar o entorno de suas companhias, de acordo com este conhecido relatório, que analisa 190 países e completa neste ano o 16º aniversário.