EUA preveem que sanções "alterarão o comportamento" do Irã

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, previu neste domingo (4) que as duras sanções americanas que entram em vigor a partir de meia-noite contra o Irã "alterarão o comportamento" de Teerã no plano internacional, e descartou que essa medida possa levar o país a potencializar o seu programa nuclear.
"Estou muito certo de que as sanções que serão impostas na segunda-feira, e que não só as sanções ao petróleo, mas também as financeiras impostas pelo Departamento do Tesouro, terão o efeito desejado: alterar o comportamento do Irã", disse Pompeo em entrevista com a emissora de televisão "Fox News".
A segunda rodada de sanções, que complementa a aplicada em agosto, penalizará a venda de petróleo iraniano, as transações financeiras com seu Banco Central e o setor portuário do país.
O caráter extraterritorial das sanções já forçou muitas empresas de outros países fora dos EUA a abandonar seus negócios e contratos no Irã, como a companhia petrolífera francesa Total.
O reatamento das sanções é uma consequência da decisão do presidente americano, Donald Trump, de retirar os EUA do acordo nuclear com o Irã de 2015.
Os demais assinantes desse pacto - Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha - estão buscando fórmulas para salvar o acordo e manter o comércio e as compras de petróleo iraniano.
Em outra entrevista, Pompeo minimizou hoje o risco que o aumento da pressão financeira por parte dos EUA leve ao Irã a impulsionar de novo seu programa nuclear e abandonar seus compromissos sob o pacto de 2015.
"Temos certeza de que os iranianos não tomarão essa decisão", afirmou Pompeo à rede de televisão "CBS News".
O chefe da diplomacia americana adiantou na sexta-feira que Washington planeja eximir das sanções de maneira temporária um máximo de oito países ou "jurisdições" territoriais, que nos últimos tempos trabalharam para "reduzir a zero" suas importações de petróleo do Irã.
Pompeo não confirmou hoje quais são essas nações, que seu governo identificará na segunda-feira, mas não corrigiu seu entrevistador na "Fox News" quando este perguntou se a China e a Índia estavam entre as nações isentas, e o jornal "The New York Times" apontou na sexta-feira que na lista também estavam Coreia do Sul e Japão.
"Há uma série de lugares onde os países já fizeram reduções significativas nas suas importações de petróleo e precisam de um pouco mais de tempo para chegar a zero (nas suas compras desse produto), e vamos dar esse tempo", explicou hoje Pompeo.
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