EUA reconhecem não ter "garantias" de que pacto com a China se concretizará
Washington, 4 dez (EFE).- O principal assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, frisou nesta terça-feira que não tem "garantias" de que o acordo comercial alcançado com a China se concretizará, mas ressaltou que está indo na direção "adequada" e que as conversas com Pequim nunca estiveram tão avançadas como agora.
"Não tenho garantias, mas ao meu julgamento fomos mais longe, e o conjunto de elementos contidos é maior do que vimos antes", disse Kudlow em uma conferência organizada pelo jornal financeiro "Wall Street Journal".
As palavras do assessor econômico da Casa Branca chegam depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou ter selado uma trégua comercial após o encontro com o presidente da China, Xi Jinping, durante a Cúpula do G20 na Argentina no último fim de semana.
Kudlow, que esteve presente nas reuniões preparatórias e no jantar de trabalho entre ambas as delegações, expressou seu otimismo "cauteloso" ao ressaltar que foi a primeira vez que a China se mostrou disposta a atuar de maneira "imediata".
"É a primeira vez desde que estou no governo que vejo um funcionário chinês, e também o presidente Xi, dizer sim", afirmou.
Após o encontro entre Trump e Xi, ambas as potências tentarão completar as conversas "nos próximos 90 dias", um período no qual o presidente americano aceitou deixar as sobretaxas em 10% sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses a partir de 1º de janeiro de 2019, e não aumentá-las por enquanto até 25%, como estava previsto.
Além disso, a China se comprometeu a designar o fentanil como "substância controlada" e impor duras penas a quem comercializar essa substância, a fim de conter a crise de dependência de opiáceos nos EUA.
Em linha com seu principal assessor econômico, Trump também reduziu hoje as expectativas sobre o acordo com Pequim ao não descartar um possível prolongamento da trégua comercial com a China além dos 90 dias pactuados.
"As negociações com a China já começaram. A menos que se estendam, terminarão 90 dias depois desde o magnífico e muito caloroso jantar com o presidente Xi na Argentina", afirmou Trump em sua conta no Twitter.
No total, os EUA impôs sobretaxas sobre US$ 250 bilhões em produtos chineses desde julho, e Trump tinha ameaçado sancionar bens com mais US$ 267 bilhões, o que superaria amplamente o volume de importações da China ao país, que em 2017 foi de US$ 506 bilhões.
Por sua vez, Pequim aplicou como represália medidas recíprocas sobre mais de US$ 60 bilhões em importações americanas, quase a metade dos US$ 130 bilhões que comprou em 2017.
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