Brasil é "incógnita" em relação a acordo com UE, diz ministro uruguaio
Buenos Aires, 7 dez (EFE).- O ministro de Economia e Finanças do Uruguai, Danilo Astori, afirmou nesta sexta-feira em Buenos Aires que o Brasil é uma "incógnita" em relação às negociações entre o Mercosul e a União Europeia (UE) e que é preciso dar "um pouco de tempo" para ver como o novo governo vai atuar.
"É uma incógnita o Brasil, que ainda não mostrou um rumo claro, a meu julgamento, em matéria de política internacional, em matéria de integração, em matéria de busca de acordos com estes blocos. Acho que temos que dar um pouco de tempo para ver como o Brasil vai atuar", declarou.
Sobre o país, que a partir de 1º de janeiro será governado pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, Astori afirmou que, por enquanto "só há discursos", dos quais "alguns são bons, e outros nem tanto".
O ministro uruguaio também destacou a necessidade de "ter políticas comuns e acumulação de forças" em matéria de mudança climática, em alusão às palavras do presidente da França, Emmanuel Macron, durante a última Cúpula do G20, onde afirmou que seu país não aceitará acordos com potências que não respeitarem o Acordo de Paris.
"É um dos grandes temas do mundo atual (mudança climática), um exemplo sobre como temos a necessidade de esperar a reação do Brasil e os fatos, os passos que vai dar, porque há uma proposta de trabalho conjunto e esperemos que haja uma que seja positiva", ressaltou Astori durante um encontro com empresários na capital argentina.
Segundo o ministro, a falta de um acordo entre Mercosul e UE tem "responsabilidades das duas partes", já que os problemas colocados pela Europa, que vão "desde o 'Brexit' até interesses muito importantes que países como a França, Irlanda ou Polônia têm em matéria de produção de alimentos", se somam algumas dissidências entre os países do Mercosul.
"Há muito pouco tempo o Brasil apresentou uma proposta em matéria de laticínios que para o Uruguai é impensável, nós também temos problemas internos e somando uns com outros isso tem sido frustrante até agora", indicou.
Entre os temas de interesse do Mercosul, Astori apontou para a necessidade de "fazer uma zona de livre-comércio que funcione bem" e reformular a união aduaneira.
"A união aduaneira é como uma jaula, uma prisão da qual não se pode sair porque temos todos que concordar para fazer acordos com outros blocos e sobre a base desta zona de livre-comércio poder atuar na busca por maior abertura com outros blocos", disse o ministro.
Nos próximos dias 17 e 18, o Uruguai sediará, respectivamente, a reunião dos presidentes dos Bancos Centrais e dos ministros de Economia do Mercosul e o encontro entre os presidentes e o conselho do Mercosul, que é integrado por chanceleres e ministros de Economia.
"É uma incógnita o Brasil, que ainda não mostrou um rumo claro, a meu julgamento, em matéria de política internacional, em matéria de integração, em matéria de busca de acordos com estes blocos. Acho que temos que dar um pouco de tempo para ver como o Brasil vai atuar", declarou.
Sobre o país, que a partir de 1º de janeiro será governado pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, Astori afirmou que, por enquanto "só há discursos", dos quais "alguns são bons, e outros nem tanto".
O ministro uruguaio também destacou a necessidade de "ter políticas comuns e acumulação de forças" em matéria de mudança climática, em alusão às palavras do presidente da França, Emmanuel Macron, durante a última Cúpula do G20, onde afirmou que seu país não aceitará acordos com potências que não respeitarem o Acordo de Paris.
"É um dos grandes temas do mundo atual (mudança climática), um exemplo sobre como temos a necessidade de esperar a reação do Brasil e os fatos, os passos que vai dar, porque há uma proposta de trabalho conjunto e esperemos que haja uma que seja positiva", ressaltou Astori durante um encontro com empresários na capital argentina.
Segundo o ministro, a falta de um acordo entre Mercosul e UE tem "responsabilidades das duas partes", já que os problemas colocados pela Europa, que vão "desde o 'Brexit' até interesses muito importantes que países como a França, Irlanda ou Polônia têm em matéria de produção de alimentos", se somam algumas dissidências entre os países do Mercosul.
"Há muito pouco tempo o Brasil apresentou uma proposta em matéria de laticínios que para o Uruguai é impensável, nós também temos problemas internos e somando uns com outros isso tem sido frustrante até agora", indicou.
Entre os temas de interesse do Mercosul, Astori apontou para a necessidade de "fazer uma zona de livre-comércio que funcione bem" e reformular a união aduaneira.
"A união aduaneira é como uma jaula, uma prisão da qual não se pode sair porque temos todos que concordar para fazer acordos com outros blocos e sobre a base desta zona de livre-comércio poder atuar na busca por maior abertura com outros blocos", disse o ministro.
Nos próximos dias 17 e 18, o Uruguai sediará, respectivamente, a reunião dos presidentes dos Bancos Centrais e dos ministros de Economia do Mercosul e o encontro entre os presidentes e o conselho do Mercosul, que é integrado por chanceleres e ministros de Economia.
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