Logo Pagbenk Seu dinheiro rende mais
Topo

Sindicatos franceses apoiam "coletes amarelos" com greve

05/02/2019 15h12

Paris, 5 fev (EFE).- Quatro sindicatos franceses, apoiados por partidos de esquerda, reivindicaram nesta terça-feira um aumento do poder aquisitivo e a cessação da violência policial com uma greve geral e uma manifestação que soma forças com os protestos dos "coletes amarelos".

A Confederação Geral do Trabalho (CGT), principal impulsora da iniciativa, destacou em comunicado a intenção de continuar trabalhando em busca de "convergências" com o movimento dos coletes amarelos, que foi às ruas pela primeira vez em 17 de novembro do ano passado.

"É necessário que aprendamos a nos conhecer", disse no início da passeata o secretário-geral da CGT, Philippe Martínez, que enalteceu as manifestações conjuntas em cerca de 30 departamentos da França.

O sindicato admitiu que os "coletes amarelos" mobilizaram a atenção e refletiram um aumento da confiança na ação coletiva, mas advertiu que a patronal e o governo começaram a "desprezar" as suas reivindicações com o passar do tempo.

"A patronal e o governo devem escutar imediatamente as reivindicações", informou a organização, enquanto seu líder ressaltou que o grande debate nacional iniciado em 15 de janeiro para canalizar a crise é ineficaz, pois não se sentem escutados.

Os sindicatos reivindicaram um aumento de 20% no salário mínimo, controle das ajudas públicas concedidas às grandes empresas, um maior desenvolvimento dos serviços públicos e o respeito às liberdades públicas, como o direito a se manifestar.

Esta última reivindicação coincide com a votação nesta terça-feira na Assembleia Nacional da projeto de lei destinado a prevenir os distúrbios nas manifestações e a sancionar os responsáveis.

A rede de transporte público de Paris (RATP) e o grupo ferroviário SNCF indicaram que as suas atividades não foram alteradas pela greve.

A Torre Eiffel foi fechada ao público: "Um dia de greve que fecha a Torre Eiffel é um dia de sucesso em termos de mobilização", concluiu Martínez. EFE