Subsecretário do Tesouro é favorito de Trump para comandar Banco Mundial
Washington, 5 fev (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve indicar o subsecretário de Assuntos Internacionais do Departamento do Tesouro, David Malpass, como candidato à presidência do Banco Mundial após a renúncia de Jim Yong Kim.
Malpass é um dos principais críticos às instituições multilaterais dentro da Casa Branca e está envolvido nas negociações comerciais entre americanos e chineses.
A previsão é que Trump oficialize a indicação de Malpass amanhã. No entanto, o possível candidato à presidência do Banco Mundial já criticou a instituição por conceder crédito demais à China. Para ele, o país já não está mais em desenvolvimento.
Apesar disso, Malpass teve importante atuação para que o Departamento do Tesouro aprovasse uma ampliação de 13 bilhões no capital do Banco Mundial.
A búlgara Kristalina Georgieva, conselheira-executiva da instituição, está comandando o Banco Mundial de forma interina após a surpreendente saída de Yong Kim do cargo. A renúncia ocorreu três anos antes do fim do mandato do americano no posto.
Entre os requisitos para escolher os candidatos, o Banco Mundial exige um "histórico de liderança comprovado, experiência na gestão de grandes organizações com exposição internacional e familiaridade com o setor público, capacidade de articular uma visão clara da missão de desenvolvimento da instituição e um firme compromisso com a cooperação multilateral".
Malpass trabalhou no Departamento do Tesouro durante os governos dos republicanos Ronald Reagan e George H.W. Bush. Posteriormente, deixou a Casa Branca para ser economista-chefe do Bear Stearns.
Não há candidaturas alternativas à indicação americana, mas rumores indicam que a ex-ministra nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala e a ministra indonésia Sri Mulyani podem disputar o cargo.
O Diretório Executivo do Banco Mundial determinou que as candidaturas devem ser feitas até o dia 14 de março e ressaltou que o processo de seleção será transparente e baseado no mérito.
Embora os Estados Unidos tenham a maior parcela de voto na instituição, a candidatura americana pode vetada se for bloqueada em conjunto pelos demais países, algo que é considerado improvável devido ao pacto entre americanos e europeus para dividir a chefia do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Desde as discussões do acordo de Bretton Woods que determinaram a criação das duas organizações, os EUA são quem indicam o presidente do Banco Mundial. Já o FMI é sempre dirigido por um nome indicado pelos países europeus. EFE
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