Renault suspeita que Ghosn cometeu irregularidades no Oriente Médio
(Atualiza com resposta de um porta-voz de Ghosn).
Paris, 2 abr (EFE).- O grupo Renault comunicou à justiça francesa novas suspeitas de irregularidades do seu ex-presidente, Carlos Ghosn, por transferências milionárias a um dos seus distribuidores no Oriente Médio, semanas depois de ter enviado um dossiê sobre as despesas de seu casamento.
O fabricante francês de automóveis não quis fazer comentários nesta terça-feira sobre as informações publicadas pela imprensa sobre o envio na última sexta-feira dessas novas informações à Procuradoria de Nanterre, nos arredores de Paris.
A suspeita recai sobre transferências de vários milhões de euros à Suhail Bahwan Automobiles (SBA), uma empresa de Omã que distribui veículos para Renault e Nissan nesse país e em outros do Oriente Médio.
Esse dinheiro - segundo o jornal "Le Figaro" - aparecia como gratificações por resultados, mas não aparecia computado, como deveria, às direções de marketing, comercial e às regionais, mas diretamente ao centro de custos da presidência da Renault, que dependia do diretor.
Esse mecanismo parece similar ao que a Nissan já tinha descoberto e pelo qual foram transferidos US$ 32 milhões à SBA, segundo a imprensa japonesa, que apontou que esse dinheiro foi utilizado para a aquisição de um iate para Ghosn.
Um porta-voz do empresário ressaltou que "nenhuma quantia entregue pela Renault a distribuidores de Omã foi desviada dos seus objetivos comerciais e em hipótese alguma desses pagamentos beneficiaram Carlos Ghosn e sua família".
O "Le Figaro" especificou que a Renault também não fala diretamente de desvio nos documentos enviados à Procuradoria, mas considera que há elementos suficientes para que a questão seja examinada pela Justiça.
O grupo francês iniciou uma comissão de investigação interna em novembro, dias depois da prisão de Ghosn em Tóquio, e no início de março comunicou à Justiça suas suspeitas sobre despesas do casamento do seu ex-presidente, realizado no Palácio de Versalhes em outubro de 2016. EFE
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