David Malpass é confirmado como novo presidente do Banco Mundial

Washington, 5 abr (EFE).- Único candidato proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para comandar o Banco Mundial (BM), o americano David Malpass foi confirmado nesta sexta-feira para liderar a organização por um período de cinco anos a partir do dia 9 de abril.

Malpass, de 63 anos, substituirá o sul-coreano Jim Yong Kim, que anunciou sua saída da presidência do BM de maneira surpreendente em janeiro.

O anúncio foi feito a poucos dias da realização, em Washington, da assembleia conjunta de primeiro semestre do BM e do Fundo Monetário Internacional (FMI), entidades que completam 75 anos de fundação.

"O processo incluiu uma indicação aberta e transparente onde qualquer cidadão dos países membros do banco poderia ser proposto por qualquer diretor-executivo ou presidente (...) Depois disso houve uma intensa pesquisa e uma entrevista com o senhor Malpass pelo diretório executivo", informou o BM em comunicado.

Apenas os EUA apresentaram candidato e nenhum outro país ofereceu uma alternativa para presidir a principal instituição financeira dedicada ao desenvolvimento global.

Malpass era até agora subsecretário para Assuntos Internacionais do Departamento do Tesouro dos EUA. Feroz crítico das instituições internacionais como BM e FMI e com uma ampla experiência na política em Washington e finanças em Wall Street, Malpass suavizou seu discurso nas últimas semanas após ser proposto para o cargo por Trump.

O economista foi uma das primeiras nomeações de Trump logo depois de chegar à Casa Branca e fez parte do conselho de assessores da área econômica de sua campanha eleitoral.

Quando estava no Departamento do Tesouro, Malpass deu certos sinais de comprometimento, já que foi um dos responsáveis para que os EUA aprovassem uma ampliação de capital de US$ 13 bilhões para o BM, algo ao qual Trump tinha se oposto a princípio.

Criado em 1944, junto com sua instituição irmã, o FMI, dentro dos acordos de Bretton Woods, a tradição estabelece que os EUA nomeiem o presidente do BM, e a Europa escolha o diretor-gerente do Fundo.

O FMI é atualmente presidido pela francesa Christine Lagarde. EFE