Logo Pagbenk Seu dinheiro rende mais
Topo

Patronal venezuelana alerta que racionamento elétrico afeta produção

07/04/2019 16h47

Caracas, 7 abr (EFE).- A principal patronal da Venezuela, a Fedecámaras, alertou neste domingo que o racionamento elétrico aplicado pelo governo em 20 estados do país, após os blecautes ocorridos em março, está afetando a produção e, com isso, o abastecimento de alimentos.

"Há fortes problemas no setor industrial, que não tem plantas elétricas, e, nos setores que requerem rede de refrigeração, a produção está totalmente afetada e isso está começando a ser sentido no abastecimento", declarou à Agência Efe o presidente da Fedecámaras, Carlos Larrazábal.

O dirigente indicou que, até o momento, a patronal não tem um cálculo exato sobre as perdas causadas por todas as falhas do serviço elétrico ocorridas na primeira e na última semana de março.

No entanto, destacou que se estima que o blecaute massivo do dia 7 desse mês, que se estendeu por cinco dias, provocou perdas diárias de US$ 200 milhões.

Larrazábal assegurou, nesse sentido, que as perdas causadas pelos blecautes que aconteceram na última semana de março são "mais difíceis" de calcular devido à intermitência do serviço.

Segundo o governo de Nicolás Maduro, os blecautes ocorreram porque o sistema elétrico do país foi "atacado" pelos Estados Unidos e pela oposição de forma "cibernética" e com um fuzil de longa distância.

A oposição, por sua parte, afirma que a falta de manutenção e a corrupção do Estado foi o que provocou as falhas elétricas.

O presidente Nicolás Maduro anunciou no último dia 31 de março a implementação de um plano de racionamento elétrico por 30 dias.

De acordo com o cronograma projetado pelo Ministério de Energia Elétrica e pela estatal Corporação Elétrica (Corpoelec), 20 dos 23 estados do país ficarão sem luz pelo menos 18 horas por semana.

No esquema não foram incluídos Caracas, o estado de Vargas, próximo à capital venezuelana e onde se encontra o principal aeroporto do país, e as regiões fronteiriças do Amazonas (sul) e de Delta Amacuro (noroeste). EFE